Edmund Burke
Edmund Burke nasceu em Dublin, Irlanda, no dia 12 de janeiro de 1729. Formado em Direito, dedicou-se inicialmente a estudos filosóficos. Públicou “Investigações Filosóficas Sobre a Origem de Nossas Ideias do Sublime e do Belo” (1757), livro que chamou a atenção dos pensadores Diderot e Immanuel Kant.
Em 1765 entrou para a política, quando foi escolhido para secretário do Marquês de Rockingham, líder do Partido dos Whings, que faziam oposição a rei George III. Em dezembro deste mesmo ano, foi eleito membro da Câmara dos Comuns pelo mesmo partido, que agrupava tendências liberais em oposição aos Tories. Em 1770, escreveu “Pensamentos Sobre a Causa do Presente Descontentamento”, onde defendia as restrições dos poderes reais nos assuntos governamentais.
Edmund Burke tornou-se conhecido por suas posições economicamente liberais, apoiando o atendimento das reivindicações das colônias inglesas e à liberdade do comércio, mas era politicamente conservador, mostrando posições contrárias à perseguição aos católicos, defendendo um mínimo de prudência e moderação, chegando a denunciar as injustiças da administração inglesa cometidas na Índia.
Como teórico político, Burke fez severas críticas sobre a ideologia da Revolução Francesa de 1789, ao afirmar que ela foi um marco da ignorância e da brutalidade, causando a execução de “homens bons”, entre eles, o cientista francês Antoine Lavoisier. Em 1790 escreveu “Reflexos Sobre a Revolução Francesa”.
O dom da palavra transformou Edmund Burke em um dos mais destacados oradores de sua época. Fiel aos princípios tradicionais da vida pública britânica foi considerado o precursor do conservadorismo moderno. Faleceu em Beaconsfield, Reino Unido, no dia 9 de julho de 1797.