edinho feliz
SONETO DE 16 VERSOS – N. 01
Vem ver o mar comigo agora eu mando em vocee
Vem ver o mar comigo agora vem ver agora...
Eu mando em vocee minha escrava para sempre agora
Que eu amei não agora
Eu sou um poeta. Eu ando pelas ruas com a minha
Metralhadora no ombro de lado
E eu ando com Granadas junto na cintura
Tenho uma espada guardada no meu robocop
Eu te dei tudo e vocee não quis o nada
Vocee sempre será a namorada que com liberdade eu
Aceitei
Vem ver o mar que eu vou chegar de baleia
O mar deve ser amigo daquele que ama na beira do mar
Eu tenho no bolso uma semente de mar
Que guardei de quando vocee virou as costas
Pro mar
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
SONETO DE 16 VERSOS – N. 02
E eu ando a andar pelo mar de junho e julho
Por estes mares e marés eu consulto no relógio
A tábua de maré
A bússola no sul aponta pr’outra direção
E olha eu aqui nos livros e nas prateleiras
Vocês que acharam que eu estava na lua
Sempre aqui em olhares por toda a parte
Mas falando em mar, eu estou no ar
Falando em mar, eu vejo pedras
E eu vejo árvores submersas não afogadas mas há quem queira
Fazer isso e há quem não queira ver isso
Cujos sonhos deploram a conduta de pessoas pequenas
Preserve os polvos, preserve os peixes, preserve baleias
PRESERVE AS TARTARUGAS DO MAR, ÁGUA, SOLO
Preserve os macacos, as flores
TODA FLORA-FAUNA (pReSeRvAr). Preserve os poetas românticos verdadeiros
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
SONETO DE 16 VERSOS – N. 03
Eu não entendi nada desse tal projeto
Deve ser de alguma lei para sabe-se lá o quê
Só estou a me divertir, escrevendo qualquer coisa, mas que
Você não sabe fazer, ou seja, olhos de gato na escuridão
Mas eu vejo da minha segunda mansão
Com paredes de vidro que eles-elas,
Não sabem se portar, não sabem me ver de onde eu escrevo as
As escrituras. E é uma loucura
Mas no meu ouvido falam anjos que querem a minha companhia
Compania mesmo. E falam muitas coisas bonitas
Noutras palavras, coisas feias, mas eu decido e escolho tudo aquilo
Que é do meu agrado
Então seleciono as estrelas que devem falar e as que não devem
Faço tudo isso com um nome bíblico = Uzi
Mas o que eu gosto mesmo é de golpear com uma katana feita pra mim
Daí é hora de um passeio nas ruas da Disney...
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
SONETO DE 16 VERSOS – N. 04
Ainda hoje, muita, muita gente, a matar ou estrangular aquela que põe
Ovos lindos e perfeitos
Como se fossem ficar impunes, mas eles(as) dizem
Que estavam com fome
Então cortem um dedo ou uma mão sua (de vocês e comam)
Que história essa (interrogação)
Abrir a galinha para ver o que tem dentro
Vai encontrar carne branca para agir como um(a) animal
Ou pior ainda que um animal
Um lobs-homem (uns vampiros) Vocês não me enganam!
E eu aqui perdendo o meu tempo ou investindo em quem
Nada têm [nada]
Não seja tão mesquinho a esse ponto de tomar da galinha dos ovos...
A sua, sua vida, pois Sua vida é a minha vida
A galinha dos ovos de ouro foi posta pra fora do seu ninho
Enquanto ainda era um patinho feio
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
SONETO DE 16 VERSOS – N. 05
Vamô lá, sem rumo e sem destino, mas no automático pra algum lugar
Eles dizem, stop please!!
E dizem: está chamando a polícia (tudo desculpa pra roubar e quebrar)
Demorô! Vem, mas não se esqueça (eu tô quieto) Se liga!
E eu ligo eles! Os vermes pra comerem os restos do lixo de vocês
Não confunda as coisas. (entende; INTERROGAÇÃO)
Jogo limpo.
JOGO LIMPO! [ . ]
De vez em quando, para não dizer sempre (porque é sempre, eles os pequenos)
Se acham grandes, mas são ciclopes, só enxergam de um olho
E não vêem que apesar do seus tamanhos, tem uma visão só
E eu aqui com três [ 3 ]
Existem palavras que o vento não leva e nem livros que se perdem no vendaval
Não serei um móbile solto ao furacão
E sim o golpe do furacão que viaja rápido em toda a direção
Se o vento quiser levar, que vire muita chuva. Um Novo Dilúvio...
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
SONETO DE 16 VERSOS – N. 06
Bom, eu aqui de novo e le novo na municipal biblioteca
De P. do Sul que dá pro norte
Minha bússola na sola do meu pé aos meus pés
Decidi, fazer mais suave a minha empreitada
Fazer mais leve a minha vida diária como diarista da verdade
Donde vem o salário mais batalhado pra se ter
Cuja obtenção é igual a obter uma estrela do céu
Que as vezes faz descer ao mar, lágrimas de um alguém choroso
E a tal estrela viaja em sonhos na cabeça do poeta
Que pensa em São Cristovão segundo referências
Mas aqui ele não manda quase nada
Tem outro são cristão na área do gol
E no pedaço da boca d’área nos pés no príncipe ao avanço
Sem rebote, só no ataque são...
Acho que agora a coisa fica mais interessante
Bom acho que as pessoas só querem o mal de gente boa, então caí
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
SONETO DE 16 VERSOS – N. 07
Pois é, mais uma vez vem aí, o dito cujo sujo ano novo
Onde muito do velho continua, muito do velho
Se insinua. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
É na balada de um piano que sonho com os céus
E mels sonhos, sonhos seus ultrapassados por essa minha dor
E transpassados por este meu amor
Para chegar ao longe com você mediante e diante do nosso
Matrimônio-matrimônio, santo-santo
Matrimônio. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
E eu vejo a lua envolta num céu de nuvens em sua boca cerrada
Impedindo o meu, o meu, o mél beijo cuja língua deseja o seu céu
Gostoso de morangos em pedacinhos no céu
Da sua boca. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Mas eu sei mais ainda sei que você nunca mais foi a mesma
E nunca foi mesma a pessoa que eu merecia ter
Sua maldade vem do berço e o mél contrário meu, também
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
SONETO DE 16 VERSOS – N. 08
Eu não uso o espelho como uma televisão não
E nas horas mortas da noite que estão sempre vivas
Não há assombrações, assombração
Bom eu só espero não esperar uma bola de cristal nele
Eu não quero uma bola de cristal no vitral
E o medo, isso não me pertence mais, nunca mais
Eu não sou nenhum valente nem um mais corajoso
Mas sou um cara mui, muito cavernoso
Talvez eu veja um desditoso que significa o contrário disso
Um alguém, um alguém que também não temo
Pois o temer não é meu
A coragem e a bravura sim, estas são minhas
Nada posso fazer por ti, quando eu passar na rua, não queira
Se aproximar para me tocar, como se eu fosse Jesus
Odeio quem toca em mim de propósito ou não
Não tenho nada pra vocês, prefiro um cão a-vocês
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
SONETO DE 16 VERSOS – N. 09
Nas asas de umas borboletas vou eu, voei
Até o norte e o sul vou eu, voei
Encontrei música para o meu bailar nas asas delas, vou eu, voei
E adquirí umas asas de querubim, ou serafim, vou eu, voei
E na canção, é na canção que a gente viaja e a gente se acha,
Vou eu, voei
Peguei carona em umas estação, vou eu, voei
Carona, de carona mais uma vez e carinha
Vou eu, voei!
Tá bom demais com a demais, nunca demenos, vou eu, voei
Vou te dar uma ideia, quer..., então pede
Já dei a ideia sem Sono, então pede, vou eu
Voei
Vou daqui continuando e na leva levando, na levada do
Berimbau eu vou, lá vou, vou eu – voei!
Não queira voar a força comigo eu vou pedir a punição, vou eu, voei
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
A BELEZA DELA
Autor: Edson Cerqueira Felix
Localização: Paraíba do Sul
Homenagem: Cantora Nikka Costa, Obra O Alienista de Machado de Assis e Trovador Jorge Vercillo
É como o verão das florestas remanescentes do Amazonas
Ou Mata Atlântica
Ou ainda como o clima de um lugar interiorano fora do coração
De maçã e morangos ou cerejas do amor
É como o outono
Onde o verde ficou amarelo e já é chegada fogueira e quebra queixo
Como um café quente com aquela fumaça com aroma bom
Numa manhã de meados de inverno
Como a primavera na roça que faz tudo lindo de novo
E é beleza a cada átomo de espaço
E eu querendo ser maior que todo espaço
Pois é tanta liberdade que eu me vejo pequeno sem saber
Sem à ter óh liberdade!
Data: 23-01-2018
À CAMINHO DO MEU AMOR
Autor: Edson Cerqueira Felix
Localização: Paraíba do Sul
Homenagem: Cantor Fabinho Mello e Amigo Rodrigo Motta
Você a me demonstrar
Sinais de um longo adeus
E eu ainda diante de você nem consigo ficar triste
Pois se 0lh0 para baixo
Vejo os teus lindos pés
Eu fui pescado por eles
E não foi nem um pecado
Mas eu vejo estes pés, hora de bailarina
Hora de capoeirista
(Hora de fé)
Hora foge de mim
Hora dá meia-volta pra mim
E eu agradeço por dar pra mim o caminho lindo
Desses pés quando à caminho
Do meu amor
Esses pés têm asas e voam
Só quero que me leve e me ensine tudo
Com esses ligeiros pés de corça
Eu perdi a corrida para essa corça
Mas eu preferia tomar minha corça
Que viaja tão rápido
Pra perto e longe de mim
Me deixe
Tocá-los (seus pés) e tratá-los
Com fragrâncias selecionadas
Como perfumes
Óleos e chás
E me deixe orar por eles quando passo minhas mãos
Data: 19-01-2018
a santa e o santo
Por favor meu amor, vem comigo e não se canse
À não ser quando eu te alcançar
Me espere para nos desfalecermos juntos de todo o nosso amor
De todo não, pois seria o nosso fim
Derreteríamos e reviveríamos como duas fênix chamejantes
Não ligue se o mundo peca ao tentar minar nosso círculo de prazer
Que sejam eternos os momentos entre eu e você
Que seja eterno quando o meu coração abraçar você
Eu tenho tanto amor guardado para dar a pessoa certa
E nós sabemos a nosso respeito
Sabemos disso
E de que está tudo agora escrito
Ouvi dizer e li, que Deus tem um livro, e nós você sabe
Somos anjos no fim
No entanto, quais filhos de Deus, nós usamos de perfeição
Para um gesto de amor
Um toque, uma expressão, algo que não podemos explicar
É, é por esse inefável que temos, a permissão
Para o casamento entre a ovelha e o cordeiro, acima dos céus
Enquanto e conquanto entre os imperfeitos,
Não ligue se eles queiram minar nossa perfeição
Seus planos estão fadados ao fracasso, se Deus quiser
O nosso amor, está escrito
Jamais fique aflita por eles e tente se afastar de mim
Eu sei que pensas no meu bem e tem medo do mal se aproximar de mim
Mas minha vida já será triste sem tê-la, e sem tê-la, o sonho acabaria
E eu preciso de estar com você nesse sonho na realidade
Eu preciso da sua promessa,
Sem ti, sou jardim trancado e repleto de vida, beleza e perfumes doces
Sou um jardim trancado
Enquanto estás fora
(edson cerqueira felix)
admirar-te
Há quanto tempo, quanto tempo (!), eu não vejo o tempo tão atento
É doce o olhar da janela ou da porta aberta
Olhar para o verde e suas mansas sombras ao redor e derredor
É dia de poesia, o poeta diz, por quê?
É quarta-feira no coração de gêmeos solto pelas ruas através
Dela, do lado de fora e dentro, haja nela
Mas eu gosto, eu amo, eu ‘adoro’, me encontrar com tanta paisagem
Tanta natureza verde e outras cores vivas por essa admirada
Imagem que olho e que vejo tão bem
Eu diria até zen, porque falo é de bem, estar
E deixa estar assim, deixa sim
Desde a hora que eu acordei e até aqui eu só vejo tanta beleza
E tamanha beleza aos montes também verdejantes
Onde eu estou, tem a fama de ser... o quinto melhor clima do planeta
Oh aleluia! Oh! Grato por nascer, crescer e desabrochar, nesse ar
Eu que me fico perdido, até nas palavras
E me encontro no poema agora, escrevendo tão bem
Aos olhos dela que me admira e me beija o rosto
Enquanto vou dissertando ela vai-me ao rosto beijando
Ah minha amiga, a minha dama querida, a minha vida amiga, tão livre
Nada aguerrida, doce, pacata, querida, mansa, branda e somente amiga
(edson cerqueira felix)
ancorada no meu coração
É meu amor, eu sinto que eu posso
E se eu for daqueles que só se importam com o hoje
Eu já estaria vivendo aquilo que eu acharia no futuro
Eu estaria te esperando em vão
Mas eu ouvi alguém dizer, com uma certa notabilidade
Sobre que não se ama em vão
Bom, pronto, já me consolou (!). De verdade
Mas se eu não quero esperar em vão
E parece que é o que está acontecendo
Por que eu continuo?
Eu só sei que eu e você demos fruto,
Um fruto perfeito que eu guardo no coração
A arca do nosso pacto
E através desse fruto eu me alimento eternamente
E mato a fome dos famintos e aos sedentos eu lhes mato a sede
Com suco dessa fruta
Vendo um pouco para os gananciosos
E fico rico com o ouro e com a carência deles
Sou como a mãe deles
(edson cerqueira felix)
apoio
Quando os meus “amigos”, supostos, se tornam meus inimigos
Revelando nunca terem sido amigos mesmo
Quando eu for pressionado até o parapeito da casa
Au me desequilibrar
Um anjo (?), irá me apoiar
E Deus (?), tudo em um sonho de revelação irá tornar
Mas o toque sobrenatural tem a mão de Jah (!)
(edson cerqueira felix)
ARMADA COM BELEZA
Autor: Edson Cerqueira Felix
Localização: Paraíba do Sul
Homenagem: Cantor George Michael, Poeta Jorge Cardozo e Poeta Luiz Coelho Medina
Reminiscências e luminiscências
De uma beleza
De minha essência tanta
Para os meus caprichos
Que ao não olhar o interior de ti
Ah, de ti
Me distraí, me enganei e ali me perdi
Pois olha só, a beleza lesa
Quem diria, um artifício para distrair, enganar
Iludir e subtrair
Roubar!
Pois toda aquela beleza lesou e foi tão vã
E va-dia na noite
Um chamariz e chafariz de beleza
Isca armada com leveza para pessoa armada com beleza
Como uma sereia que derruba
A embarcação com sua arpa nas mãos e o seu lamento
Aparentemente doce nos lábios
Serei-o
Ah beijei com amor eu sei
Ah amei quando generoso lhe toquei e contagiei
Oh me desarmei
Com o seu medo que armei!
No oceano
Qual RMS Titanic naufraguei
Pra levar luz na escuridão onde cheguei
(Te amei meio inteiro com tudo d’um coração
Louco de emoção em toneladas;
Mas não corte meus cabelos)
Data: 13-01-2018
BORBOLETINHA NO COLO DO VENTO
Vento cortês a cortejar a borboletinha amarelinha
Escondendo-a no inverno no lugar sagrado
Aquecida pelo coração do vento que é como
Cera quente da vela perpétua derretida que queima
E alumia a luz ideal com doces memórias de uma
Bailarina dos vôos na primavera daquela que voa
Como, com a beleza de uma flor. Vento amigo
Que beija, conduz, guarda e preserva e que é um
Tapete mágico da linda borboletinha amarelinha
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
BRILHANTES NO TETO DA CAVERNA
Muitos diamantes enfeitam o teto da caverna
Uns diamantes mais-grandes, maiores
Outros mais-pequenos, menores
Muito bem incrustados no teto da caverna
Um telhado de brilho cravejado de brilhantes
Cintilam os brilhantes nas suas belezas
Como piscares de olhos cintilam tão bem
E bonitos também. E nunca se cansam de brilhar
O brilho de cristais na rocha, o teto da caverna
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
caminho estreito
Fico de fato, não, não é a campanha ou a exclamação do famoso:
Digo que fico!, não.
É apenas o começar do fim, quando o assunto sobre
Ficar em dúvida na solidão sobre retroceder ou não...
Retroceder pra onde?
Na solidão, sozinho de verdade, vem pensamentos, de retroceder
Por um pouco de companhia, com antigos amigos
Nas fileiras de uma comunidade cristã
E apoiar de alguma maneira ou participar com eles, de coisas
Inclusive, que eu não mais acredito
E por assim, um pouco de amigos “supostos”, me envolver
Ou como dizem lá, me pôr num jugo desigual com eles
Pois evoluí muito eu acho, e lá, a merenda, continua
De recém nascidos, ou melhor, bebês na base de leite
Eu peço desculpas se lhes ofendo, se lhe ofendo. Mas,
A solidão me faz pensar que seria uma “saída” desse dilema, mas também
Acho, que não é tão fácil assim, eu, meio que tendo de fechar os olhos
Para participar das crenças deles
Mas daí pensando e até aqui, eu acho mesmo, que não devo ser
Um covarde e levar a minha senda, o meu caminho, como um homem
E na minha senda, eu sinto que não dá pra ir de mãos dadas com ninguém,
E sim, apenas solitário
(edson cerqueira felix)
CAROL
Óh frasco bonito de mais perfumado perfume
Ao brilho da luz, um lume
E arcano perfume assim dás
Nos teus cabelos encontrei uma mina
De mineral desconhecido
Tua boca tem gosto de léshem
Sem a minha nem léshem
Descubro o teu castelo de fadas
E no prazer, por favor me fadas
Vou trabalhar no vaso qual oleiro
Alisando, esculpindo a forma
Dando as saliências com as mãos puras
Beijando da boca da realização
E comendo a tua semente com a tua fruta
Doce no paladar de águas
Represadas em tua cintura
EDSON CERQUEIRA FELIX
ciclopes
É claro, como humano, eu tenho fome
Hora mais acentuada, hora menos...
Mas está escrito que nem só de pão, de comida, vive o ser físico
Mas também de algo imaterial, até porque, não se trata de apenas
A carne e os ossos, mas também o entendimento,
As emoções, a sabedoria, o amor
Qualidades impalpáveis, que porém, caracterizam-se
Então, eu seria um irracional pior que qualquer outro,
Se eu não notasse que preciso de coisas além de comida e roupa
Há uma necessidade inerente aos seres, como a de olhar o céu
E as estrelas, ver e admirar flores em sua estação
Ler um livro, ou se reunir em grupo, com pessoas de compartilhável
...Interesse
Mas a minha fome não é carnívora, nem canibal
E não é cúmplice de violência
Do derramar de sangue inocente
De seres, tão animados quanto a sua gente
Irracional, irracional é a sua fome de carne, igual a de um canibal
(edson cerqueira felix)
COMO UMA GOTA QUE SAI
Óh menina, áh óh!
A manhã já vem chegando
E eu só sei dizer: Áh Óh
É a dor que vem chegando
Por isso eu digo áh óh
Ela chora quando eu digo áh óh
O sol já está brotando com passarinhos cantando
E até que enfim vem chegando
Por isso eu digo aquela mesma coisa
Até que como uma gota cai
Óh até que enfim o prazer chegou
Quando como uma gota que sai
A dor de dente saiu
EDSON CERQUEIRA FELIX
CONSIGO TAMBÉM
A prima Vera nova veio
E restaurou
As estações da natureza
E o verão
Viram que chegou
Educado onde o clima é
Mais respeitado
E vem trazendo
Consigo também
A época da colheita
Frutífero verão os 0lh0s das crianças
A benção da estação
(EDSON CERQUEIRA FELIX)
delírio
Olhando de fora, ou, olhando assim, parece, é um homem e uma mulher
Mas na verdade o que parece são dois deuses em plena harmonia
E de tanta perfeição que há, que se vê
Talvez sejam semi-deuses, é, é isso, semi-deuses
Tão cheios, de uma coisa que eu não sei dizer o que é
Não sei dizer o nome, mas é algo excelso
Não é, simplesmente nobre, é um algo suave, diferente, único
Eu não sei explicar, mas sei o que vejo
Cada um conhece ao outro sem erro, como se fossem
Duas peças que se encaixassem de uma maneira a formarem uma paisagem
Sentimental
Uma paisagem emocional, uma paisagem que cura a minha loucura
(edson cerqueira felix)