Eder Pioli
Subjetividade
Minha alma morreu
O que tinha pra doer
Já doeu
Lembranças boas do meu eu
se perdeu
Coração frio
Pensamentos sombrios
Ausência de sentimentos
Dias extenuantes
Um nativago qualquer a espreitar a morte
Sem rumo, perdido entre o sul e norte
Recôndito a empatia alheia
Com a esperança resumida
As ruínas de um castelo de areia
Condenado a própria sorte
Vivo minha depressão
Vendo a cada segundo
Minha lenta morte
Maldades e mentiras
sobrepondo a verdades e bondades
Nessa realidade simulada
Os dissimulados se propagam como pragas
Pessoas com arrogância
Vítimas da própria ganância
Corações vazios perambulando pela madrugada
Transbordando vaidades em suas mais variadas idades
Uma minoria salva,
Pequena porcentagem
que ostenta a verdadeira bondade
Vítimas inocentes de suas próprias ingenuidade
Verdades sejam ditas
Fel com aparência de mel
Sem amor ao próximo
Julgam e condenam baseados em seus próprios ódios
Foda se a sociedade
Talvez eu não seja normal
Gosto da solidão, e do preto em qualquer estação
Cheio de defeitos, mas quem é perfeito?
A cada dia mais ao fundo do poço
Sorriso no rosto
Ninguém viu
Enquanto sofria ou sofro
Sociedade cruel
que nos empurra um pedaço de papel
Que nos dão um nome e uma religião e
Nos engana com mentiras
Prometendo nos, uma vaga no céu
Foda-se
Essa sociedade que julgou e julga
Que prega a liberdade de expressão
A uma população educada a ser muda
Que fabrica história e distorce a verdade
Nesse mundo de ilusão e meias verdades
Criei minha própria realidade
Ainda me lembro de você
Do cheiro de J'adore
Que eu tanto adoro
Impregnado em nossos lençóis
Eu e você a sós
Entrelaçados sobre a cama
Um cavalheiro e a mais bela dama
La Perla escorregando sobre a sua pele
Vai dando início a poesia
Essa cena que deveria ser eterna
Uma bela Fleur
Ou o mais belo poema em forma de mulher
Sei que ninguém é perfeito
Mas diante do mínino de perfeição
Os defeitos não importam
Estar com você, me prouve
És a arte mais valiosa
Do meu museu do Louvre