Dri Sunabe
Amor é sentimento sorrateiro
Entra sem pedir
Aquece sem pestanejar
Edifica sem forçar
Alimenta sem deglutir
Protege sem querer
Supre sem precisar
Completa sem cobrar
Repara sem precisar
Movimenta sem andar
Penetra como furacão
Se esvai trazendo depressão
Equilíbrio é a equação
De certo a quantidade a existir
Pouco te traz esmorecimento
Muito, desatino e despeito
O que esperar da vida?
Por que gerar expectativas?
Por que esperar acalentos?
Por que inserir sofrimentos?
Por que sou mulher menina e,
Menina mulher,
A primeira é carregada de devaneios…
A segunda cheia de anseios
A maturidade me trouxe a claridade
Para enxergar na tempestividade
Para corrigir erros
E para seguir meus preceitos
Embora a vida seja complicada
Desmistificada, enrolada
A cada um de nós pertence
O primeiro passo, para seguir em frente...
Sou pedra fria e desconhecida
Bruta e lapidada
Graciosa e esquisita
Confusa e despojada
Me iludo com os meus erros
Desconheço meus acertos
Escassas experiências..
Intensas expectativas…
Meus sonhos fazem parte
Da minha vida, desde seu início a bem dizer
Na minha alma, alimenta sem querer
Com fé, fortalece sem esmorecer
A sabedoria é uma busca inesgotável
Às vezes, penoso de se entender
Vem dos erros cometidos
Da busca dos acertos positivos
Não sou nada que escrevo
E muito menos o que falo
Devaneios misturados a confusão
Mentiras ofuscadas
É salutar a ilusão desenfreada
Da realidade pungida?
Saber aceitar mesmo que acoberta
Aquece mas ao mesmo tempo esfria?
A vida, embora difícil
Nos prega obstáculos
Dolorido para os frágeis
Instigador para os animados
Conformar o que se usufrui
Vislumbrar o certo
Compreender que a incerteza
É a premissa do honesto
A grandiosidade do pensamento
É a tolerância, a empatia
Fechar os olhos, quando necessário
A falsidade, arrogância e a imperícia
Na meu âmago emaranhado
Habita uma alma sinuosa
A inépcia descomunal perdura
Entre a felicidade dissimulada
Entre o altruísmo e a frivolidade íntima
Impera a índole justa
Abrir a mão do que é afeiçoado
Parece ser o racional preciso
No convívio de acertos e erros
Obstinações e arrependimentos
Perdura a dúvida enigmática
Prosseguir onde? Diz o coração arredio...
Fazer o melhor é o que basta
Embora nem sempre é o correto
O que é o íntegro para mim
Não é bom o suficiente para o adverso
A ótica da felicidade é obtusa
Difícil, a maioria das vezes, de ser absorvida
Carpe Diem é o certo
Pois o tempo é frenético, efêmero e agressivo
Ilusão é uma certeza
Da mente enganada
Entre a felicidade ilusória
E o conforto desagradável
De certo cobrir a realidade
Gera alento e tranquilidade
O pior cego que não vê
É o surdo que finge não escutar a verdade
O coração necessita de conforto
Quando a tristeza lhe embriaga
Se viciar na mentira
Parece ser o atalho tenaz e inevitável
Se atentar que o devaneio e a existência
Coexistem para andarem ligadas
As vezes o que a realidade dura precisa
É de sonhos firmes e a alma desapegada…
O pouco que torna o muito
O cinza que é policromatico
A felicidade nasce e se faz em nós
Por vontade nossa e iniciativa realizada
Balelas se tornam úteis
Para iluminar a visão distorcida
Selecionar o cético que é tangível
Nos torna menos usados e iludidos
Quem dera que a felicidade
Pudesse ir de meu encontro
De janeiro a dezembro
Sem desvios, sem tardar, ao meu olhar
Do meu amor, encontrei meu alento
Da minha tristeza, meu fascínio
Do meu silêncio, meu conforto
Da minha espera, meu delírio
Dos meus sonhos espero alcança los
A esperança sendo meu combustível
A fé, o ar que respiro, vivo
A força, o pulsar dos meus objetivos
Do meu zelo busco meu cuidado
Da decepção minha defesa
Na minha vida já não me é atribuído
Desmerecimentos indevidos
Da vida não espero absolutamente nada
Ao certo,não pedir nada em troca
Não impor o que não pertence
Somente amar o que me possibilite
Por ti dou meu ombro franzino
Quando a lágrima desabar
Por ti dou meu colo acanhado
Para meu amor te confortar
Por ti dou meu melhor sorriso
Para a melancolia se afastar
Por ti dou meu melhor abraço
Para meu carinho e afeto te acalmar
Por ti recolho em teu lado, para prosear
E o desabafo, te aliviar...
Por ti concedo meu melhor canto no sofá
Para ver filmes, e pipocas para acompanhar
Por ti faço a melhor festa duo e animada
Para o desatino prostrado se afastar
Por ti me faço de valisa portátil e errante
Para te acompanhar, até quando precisar
Quando a incerteza precisar de tino,
Dou lhe crítica para te alertar
A objeção e a anuência a guiar
E o incentivo, para te encorajar...
Mesmo a distância sendo iminente
E o tempo inconstante se achegar
A amizade e o amor verdadeiro nos une
Perto sempre estaremos, aonde quer que vá...
De fato, meu mundo é redondo
Que me obriga ver o devido
Saber, que a hora sempre chega
O da partida, para um duvidoso início
Na vida partilhamos várias estórias
Cada qual tem seu intuito e destino
O porquê delas serem tristes ou felizes
Cabe a Deus, responder esse suplício
Qualquer capítulo da nossa existência
Nos concede um conteúdo ambíguo
Correto ou errado, fácil ou difícil
Experiência com caráter, um tiro preciso
Meu mundo pequenino prossegue
Aos meus olhos, injusto e penoso de ser
Cessar para o nocivo é o certo
Para o ponto final aparecer
Fecha se a janela para o cinza deprimente
Para a luz cintilante colorir e alegrar
As flores efusivas e belas desabrocham
Para minha estória nova, se iniciar...
Tanta lembrança para esquecer
Muita dor para mastigar
Lágrimas tristes para engolir
Palavras ficam sem balbuciar
Cerro os olhos para dormir
Para a devida quietude a raciocinar
Vem a meditação vital para trazer
A serenidade para me acalmar
Peito pesado de desalento e aflição
O que fazer com pesado dissabor?
Expectativas não procurar gerar me mais
Para não criar devaneios e frustrações...
O choro de dentro para fora já lavou
Conduzindo me a lucidez em meio a escuridão
Mudanças, de fato são nada fáceis
Quando a fantasia se mistura ao amor
A beleza salta aos olhos perceptivos
Para a verdade enxergar
Se esconde um segredo incrível
Que somente eu posso desvendar
Para a melancolia se finalizar
E o brilho, de fato retornar
Os valores não estão em futilidades
Está perto do que eu tente imaginar
Falta um pouco de discernimento
Para me auto descobrir
O quanto sou tão importante e bela por inteira
É se apaixonar, muitas vezes, por mim…
Se te amar é indescritível
Falar é pouco, olhar é peculiar
Se te amar é desejo
O coração palpita muito...a pele a queimar
Se te amar é fortaleza
Nosso abraço me revigora,o medo a dissipar
Se te amar é transparência
Te desnudo com os olhos a te desejar
Se te amar é gratidão
Aos céus bendigo louvor por comigo estar
Se te amar é vício
A morte é certa por seu amor me afogar
Se te amar é loucura
Consequência é pouco para se mensurar
Se te amar é viver
Respiro o seu toque, para me saciar
Que seja eterno enquanto dure…No coração
habita a beleza que os olhos não vêem
A distância é ínfima para quem ama,
A simplicidade toca a quem permitir
Se eu tivesse sensatez e equilíbrio
As ilusões não seriam certezas
Se eu tivesse sabedoria e clareza
A razão não me traria tristeza
Comodidade é se iludir
Cegar é se resignar
Não ouvir é fingir
Ser afável é se calar
Perversidade é implorar
Acatar mentiras é se humilhar
Deplorável é mesmo assim seguir
O egoísmo alheio alimentar
Incoerência é não querer errar
Quando a vaidade excessiva aflorar
A humildade necessária me falta
Para o aprendizado habitar
Sabedoria, difícil de adquirir
Lucidez, turva de se enxergar
Altivez e brio são necessários
Para saudável a vida se tornar
Se a luz aquece quando esfria
O sol ilumina quando escurece
O preto e branco se tornam colorido
Quando a paz da solitude aparece
A lucidez clareia a escuridão
Pela vitória emergir da derrota
O doce amargo da ilusão finalizada
Marca o início da etapa honesta
Da minha tristeza desponta a alegria
E da raiva surge a gratidão
As pontas inversas enfim se acertam
O aprendizado se finca então...
Desde sempre há de se entender
A solitude vem junto a caminhar
Com a perspectiva rica e expressiva
Coloca asas para os pensamentos voar
Idade não é experiência
Vivência não é maturidade
Discernimento não é equilíbrio
Sensatez não é a verdade
Ter convicção nem sempre é o correto
Pois a percepção não é clara
Os preceitos são obsoletos
A consciência divaga
O que os meus olhos vêem
A realidade não se alcança
Expectativas são protegidas
Pela conveniência insana
Valores são mais do que importantes
Para a discrepância equilibrada
Se o cego é o que não permite não ver
O remorso é pouco... o perdão, imaginário
Meiguice descomedida e essência
De autenticidade acentuada
Se chorar me faz humana
Sorrir me aquece e acalma
Como dois e dois são quatro
A alma não é pequena
Acertar nem sempre é devido
Errar faz parte da vida, de fato...
Feliz é do ser que é forte
Pelo milagre de existir
Feliz é aquele com o olhar
Transmuta afeto só de incidir
Feliz é do ser que é "fraco"
Que deixa a lágrima deslizar
Pois a saudade é decorrente
Por uma estrela se tornar
Feliz é do ser que é "cego"
Se permite os olhos cerrar
Que as lembranças tornam
O "distante" perto ficar
O céu não é o começo nem o limite
Percorrer a estrada é necessário
Meu amor por ti carrego meu pai
aonde quer que eu vá, cabisbaixo...
Minhas verdades 1
Rascunhando vou ficar
Para os "vazios" preencher
Meus objetivos a alcançar
A realidade certa acontecer
Muitas linhas sem escrever
Implacável é o tempo, a passar
Frivolidades vêm, sem querer
Para meu merecimento distanciar
Clareza misturada com escuridão
Pensamentos nutrem meu medo
A "verdade" nem sempre é a certa
Pois a "mentira" elucida meu bom senso
Confusos são meus caminhos
Multicolor luzente a embaçar...
O caótico sim, precisa do neutro
Preto no branco para revelar
Se o sinuoso é o reto
A curva é congruente
Há mais retas do que desvios
Errando é que se aprende
Se arriscar é petulância
A coragem é um talento
Aos olhos a beleza não alcança
A dádiva de ser verdadeiro
De um todo, ser imperfeita
É a certeza de estar "correta"
Indagar "a minha verdade"
É me permitir ser honesta
Meus erros...meus acertos
As ilusões me fazem parte
A entrega envolve riscos
Se expor é necessário
Do amargo busco o meu doce
E as lágrimas são derramadas
O amor se faz de encontro
Onde o breu se torna iluminado
Sensibilidade te bendigo
Razão, me cubra de fato
Amar, verbo intransitivo
Doar, um ato emblemático
Confiança, Compromisso e Coragem
Tanta coisa para entender
Para a chance de sonhar
Meu compromisso de viver
E a liberdade de voar
Compromisso ato de guiar
Confiança, de cuidar
Coragem, meu intuito
De superar, amar e edificar
Confiança nunca trair
Para o compromisso validar
Pondo a coragem a desafiar
A agir, apontar e atirar
A coragem enfraquece?
Se o compromisso quebrar
A confiança perde seu sentido
Se a trair para se negligenciar
Ruir para viver
Perder para ganhar
Aprende quem sempre quer
Mesmo cego, voltar a "enxergar"
Três vezes respirar
Para o peito acalmar
Se os olhos vou fechar
É para a fé deslizar
Pensamentos voam
Para longe vou ficar
Fugir é necessário?
Para resolver e desatar
Fascinante é descobrir
Minha vida está a gritar!!
Os olhos nunca superam
A visão do limite a alcançar
Incoerência de quem olha
Insensibilidade de se ter
Egocentrismo faz parte
Do cego capaz de ver
Finge que oras sente
Elogia sem notar
Julga sem méritos
Surge para te exaurir, tirar
A falsidade é o medo
Da vaidade exagerada
Egoísmo condutor
Da verdade negada
Inocência, fruto da doçura
Da alma cristalina e pura
Faz da maldade, travessura
O perdão o instiga, lhe cura
Alma leve bate em pedra
Fortalece o que é delicado
Se guiar te faz único pois
Aprimorar a dor, faz parte…
Sensações...
Conhecer sem entender
Ver sem enxergar
Atentar sem perceber
Que a vida é assimilar
Voar sem flutuar
Caminhar sem enxergar
Mentiras são detalhes
Para a verdade vislumbrar
Respeitar sem esperar
É repartir para doar
Agregar nunca é somar
Se multiplicar for anular
O erro, sem se culpar
É leve, se o responsabilizar
A ordem não é repetir
O foco sim, é perdurar
Difícil é vislumbrar
O belo, ao identificar
Se o certo é colorir
Ou preto e branco, a ficar
Unihipili
Se a tua vida lhe emudecer
Palavras não vão se refutar
O pior cego é aquele que não vê
A conjuntura verdadeira encaixar
Água bate em pedra dura
É como sua persistência perfurar
A ilusão invade, inóspita e crua
Faz a verdade transparente ofuscar
Minha criança unihipili lhe cochicho…
A importância de se argumentar
A dualidade te faz refletir presente
Para sua integridade preservar
Perdoar é a luz a instigar
Ao sentir muito é se libertar
O amor que deveras é um bem vital
Para a gratidão plena aflorar