Douglas Rodrigues da Silva
Os trovões rugem impiedosos. A chuva açoita aos viventes. Os ventos clamam mudanças. A Terra não quer mais essa gente.
A escola sempre foi um refúgio contra a violência para crianças e adolescentes. Hoje, ironicamente, a violência está na escola.
Vivemos continuamente nossas ações na infinidade de nossas lembranças. A questão é: queremos revivê- las ou refazê- las de outro modo?
A cada parto, suspiros de amor se transfiguram em novos horizontes, vidas inteiras se renovam em cada lembrança, cada sorriso, vindo da terna criança,que nos faz esquecer nossos egoísmos,nossos conflitos, nossas ignorâncias.
Tenho uma grande nostalgia dos caminhos que não trilhei, dos dias que não vivi, das noites que mal dormi, da vida que não levei...
Música é como paixão, aquece o coração, nos alucina, fascina, romove a solidão. Nos eleva a uma nova atmosfera, que faz da nossa realidade fantasia, alegria, ilusão...
Eu sou sim aquele que mira a lua, porque vê nela refletida a doçura de seus lábios. Aquele que diáloga com as estrelas, pois nelas ouve ecoar a sua voz. Aquele que contempla o firmamento,já que nele vê refletida a luz de seu olhar!
Amor pueril
Yo no quiero mentirme
en los deseos de los demás,
en lo que todo el mundo pierde.
Sólo quiero tenerte,
igualmente a colibrí,
que en vista de una rosa,
goza
y si frotis adaptarse a su dulce amor.
Yo digo que no soy santo,
luego tampoco bendito,
pero dada la promiscuidad,
si usted sabe y yo sé que tú sabes
miro a toda esta diversidad
con disgusto y la reflxión,
porque si fuimos hechos uno para el otro,
no hay deseo, obsolescencia,
que me hace dejar
su noble corazón.
Se o amor me parece assim lascivo,
incontido,
de volúpia envolvido,
só quero me lançar nessa ilusão,
iniciada em teus afagos, teus beijos,
na minha incansável solidão.
Amar não é perder,
é ganhar cada horizonte num sorriso,
é viver um inferno,
ofegar de calor
e receber em teu corpo o paraíso,
é mirar o céu,
desenhá- lo com pincel,
receber com fulgor
seu doce mel.
As lágrimas secaram
Olhando o horizonte, percebo o que vivi,
as dificuldades, os males,
as moléstias que sofri,
que na maioria das vezes
me trazia aos olhos lágrimas,
numa tristeza desleal,
num sentimento infiel.
Aparentemente não sou assim,
pareço alegre, altivo, espontâneo,
feliz em mim.
Mas essa é minha máscara,
meu traje fúnebre,
que esgotando meu sofrimento
me traz outro tormento
de não ser eu mesmo.
As lágrimas secaram,
meus olhos se cerraram
para nunca mais abrir.
Não sou mais aquela criança,
medrosa ingênua,
que não tinha esperança.
Sou um velho arrogante,
que observa o mundo
de sua cadeira de balanço e pensa:
- Tudo que sofri foi útil,
me fez assim.
Decifra- me a alma
Posso te seguir, adicionar,
mas do que isso adianta
se para mim não olhas
e persiste em me abandonar?
Espio- te de longe.
Não sois bela,
Sois a própria beleza encarnada,
mas o desprezo, que me é a pior dor,
te envolve, te alucina,
fazendo- me perguntar
Tu es mesmo minha frágil amada?
Desejo teus lábios mais que a minha própria vida,
mas após seu desprezo
a paz me deixou a alma,
o desespero me vem aos olhos
abrandando a calma,
fazendo pensar
que estas não são palavras no papel
e sim o próprio açoite
que me faz te amar ainda mais,
mas que em ilusões me enegrece o céu!
As comportas já não podem mais conter tanta emoção, por isso o choro é a porta que conecta o coração aos olhos, permitindo a evasão das desilusões, a liquefação do próprio ser...
Por que tem que ter fim?
A vida seria vazia sem vocês
e agora percebo que não vou ter outra vez
para vivenciar esse amor.
Bons momentos são suplícios de instantes,
nos retiram da realidade
em ternos momentos, infelizmente, inconstantes
enegrecendo a ilusão
de morar numa terna amizade,
num eterno verão.
Abro a janela e percebo a beleza do que vivi,
nos momentos singulares
que com meus amigos sorri,
sentimentos senti,
nesse coração que bombeia
e faz o meu sangue fluir.
Dolorosamente tais momentos não virão mais,
e com esses mesmos amigos
momentos tão ternos ficarão para traz,
fazendo da memória,
da lembrança,
diário vivo que se inflama
numa inabalável esperança.
O homem em seu incessante desespero de dominação não percebe que está destruindo a si mesmo e as maravilhosas faces da criação, numa perigosa e traiçoeira dança que pode levá-lo à sua destruição!
Imortais não morrem,
continuam vivendo
e recorrendo
na memória de quem os ama.
Imortais são seres
não humanos,
não mundanos,
que ecoam por aí,
insistindo em perseguir
o intelecto de quem seus livros
não querem ver ruir...
Cantar é como a semente que se torna flor,
A brisa que me abrasa o furor,
A tempestade que se desfaz da dor,
Enfim são seus beijos que me enchem de amor...
Críticas
Se criticas recebo,
simplesmente sou humano,
pois se todos julgassem
verdades suas universais,
não evoluiríamos,
não deixaríamos de ser
"Neandertais"
Amor Pueril
Não quero me mentir
na luxúria alheia,
na qual todos se perdem,
só quero possuir- te,
da mesma maneira
que o beija - flor,
que quando em vista de uma rosa,
goza
e se lambuza,
do seu terno, doce, amor.
Não digo que sou santo,
por conseguinte, nem beato,
mas em vias da promiscuidade,
se sabes e sei que sabes,
olho toda essa diversidade
com repulsa, reflexão,
pois se fomos feitos um para o outro,
não há desejo, obsolência,
que me faça desistir
do seu doce coração.
Elegia às ilusões
Se entendes o que digo
é porque da mesma enfermidade
padecemos.
Portanto falemos, falemos e falemos
Para ver se a ferida,
aberta,
vazia
Cicatrize e não mais ensista
em expor minhas doces desilusões.
Por que insiste em me dilacerar,
Mate- me, caso não possa esperar
minha regeneração,
pois se assim me encontro,
foste vós
que magoaste meu pobre coração.