Dos meus devaneios
Querido...
Nós fomos algo.
Nossas ideias não habitarão o mesmo espaço, nosso corpo e o ressentimento um do outro não irão se encontrar mais pelos corredores e o silêncio será um pouco maior do que era.
É o universo finalizando nossa trajetória de vez. Minhas mãos vão se esquecer do formato das tuas mãos e meus olhos irão esquecer e se acostumar com a impossibilidade de te enxergar perto de mim.
Te deixarei de lado, em qualquer lugar em que eu não volte para te encontrar outra vez. Não vamos ter mais atritos com nossas divergências, elas ser quer vão coexistir e pela falta de atenção que daremos a elas, todas irão desaparecer com o tempo.
É o nosso corpo finalizando o que fomos.
Não vou contar de você aqui não vou dizer que eu gostei muito de ter te conhecido e que faria tudo outra vez. Não vou contar que o lugar em que meu amor mora aqui dentro é mais bonito depois de você... Não meu bem. Não vou falar sobre nós.
Porque falar sobre nós é tentar resgatar algo que se perdeu no oceano é tentar explicar Deus para um cético, é ver primavera se tornar outono. Como que por respeito aos finais definitivos, você não me trará mais amores, eu não te entregarei mais textos feitos a mão como essa aqui.