Dorina Nowill
Dorina de Gouvêa Nowill nasceu em 28 de maio de 1919, em São Paulo.
Em 1936, aos 17 anos, teve perda completa da visão por causa de uma doença não diagnosticada. Em 1943, matriculou-se no curso Normal na Escola Caetano de Campos, sendo a primeira aluna cega a frequentar uma escola regular. Na formatura, em 1945, desenvolveu um projeto com as colegas de turma para promover a educação de crianças cegas.
Em 1946, sentindo falta de livros em braile no Brasil, fundou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil (FLCB) que, inicialmente, fazia a produção e distribuição gratuita desses livros. Em 1991, a fundação passou a se chamar Fundação Dorina Nowill e promove a inclusão através de outros meios, como educação, preparação para o mercado de trabalho e reabilitação.
Dorina ganhou diversos prêmios e homenagens ao longo da carreira e até após a morte, e sua maior luta sempre foi pela inclusão dos deficientes visuais. Em 2004, o famoso cartunista Mauricio de Sousa criou a Dorinha, a primeira personagem da Turma da Mônica com deficiência visual, em homenagem a Dorina. Em 2016, sua vida foi tema de "Dorina: um olhar para o Mundo", o primeiro documentário brasileiro produzido pela HBO, e por sua neta, Martha Nowill.
Em 1996, se aventurou pelo mundo da escrita e relatou sua jornada na autobiografia "E eu venci mesmo assim".
Dorina faleceu em 29 de agosto de 2010, deixando marido (o advogado carioca Edward Hubert Alexander Nowill, com quem estava casada desde 1950), filhos, netos e bisnetos.