DK47
Se a carga dessa caneta não é bastante pro meu ódio
E minha sede de vingança não vale o tamanho do pódio
Quando eu não vejo saída, me pego a rimar
Foi o jeito que esse pecador encontrou pra rezar
Hoje em dia todo mundo quer ser rua e favela
Quero ver disposição pra viver aqui dentro dela
Os polícia invadindo, tia andando com pressa
Goteira na telha nesse clima de guerra
Não desejo mal pra quase ninguém, sinceridade
Mas se mexer com minha família vai entender esse quase
Tenho sangue no meu olho, barbas na minha cara
Trago lembranças na bagagem, levo respeito de casa
No Dia dos Pais, tu ganha uma gravata
Fazer a janta enxugando as lágrima
Pegar o salário e fazer mágica
Sem deixar a peteca cair
Ser contra todos, ser contra tudo
Ter que enfrentar de frente o mundo, ó
Ser mãe é viver sem ter o botão de desistir
A cada dia venceu o desafio de viver explicando pro filho
Como pode ter nascido órfão se seu pai ainda se encontra vivo?
Existe ex-mulher, existe ex-amante, ex-namorada, existe ex-marido
Tu se separa da esposa, mas não pode separar dos seus filhos
Vários esculacho eu vi desde novo
Meus irmãos sofreram na mão de um padrasto
Comendo calado seu arroz com ovo
Meu pai com um bife do tamanho do prato