Diogo Nogue
Rosas mortas e sem cor
Assim foi o nosso amor,
Ou apenas o meu amor,
Pos vós...
Vós não amastes ninguém,
E o que antes era a dor de esperar alguém
Que não se sabe que virá,
Hoje é a dor da certeza,
De que você não vai estar lá.
Talvez você seja apenas um sonho...
Pois não me parece real quando te abraço,
Não me parece real eu adorar seus defeitos...
Aos poucos tudo vira nada
O tempo leva a todos pela mesma estrada
Até mesmo um grande amor é esquecido
Restando apenas sobras do que foi vivido.
“Ela se sentou no cais, esperando o barco chegar.
Não a vi entrar, nem dizer adeus.
Só notei o vazio me invadir, e um rasgo se alojar em minha alma.
Ela não estará mais lá.”
No enlace ao seu corpo,
O encaixe de nossa existência,
O meu tato em sua pele,
E tudo a nossa volta perde a essência.
Um dia quero acordar de um sonho
Sonho este que vivi ao seu lado,
Ver seu sorriso e seu rosto apaixonado
E perceber que tenho tudo que tinha sonhado.
O adeus é uma tortura
Quando tudo que se quer é ficar
Lá fora tudo é procura
E estar com você é me encontrar.
Tudo mudou quanto a encontrei
Naquele beijo ao findar do dia.
Em cada gesto que nunca imaginei
Ouvindo-te cantarolar em minha companhia.
Gostaria de uma vida
que minha única escolha
fosse viver ao seu lado,
e te fazer feliz
fosse meu maior legado.
Tem coisas que massacram no silêncio
Palavras que morrem na garganta
Desejos são presos no peito.
Mutilações de possíveis mudanças.
Quantas alegrias morreram no silêncio
Quantos “quase” se fizeram no vazio
Quantos caminhos acabaram destruídos?
O que eu tenho é a saudade
E dela não me desfaço,
São marcas dos que me esquecem,
Tesouros, sobras, daqueles que nunca esqueço.
Quem dera me perder nos seus braços
Achar-me em seus lábios,
Morrer em seus beijos
E no seu olhar, ressuscitar.
Toda tristeza tem começo,
Do fim pouco conheço...
E da alegria ninguém sabe quando começa,
Mas a todo o momento sente-se ela partindo.
A amizade é algo mágico
Você pode até escolher ser amigo de alguém, mas não depende só da escolha, não dependo outro, é algo mutuo, que acontece quase sempre sem querer.