Diogo lima Carvalho
Ah, essas ruas! Passo dia após dia entre elas, em alguns dias esperançosa, em outros, escura. É impressionante como elas mudam, mesmo sendo as mesmas ruas, deprimentes. Mas às vezes eu sei que elas brilham com o brilho da vida, como também sei que elas me destroem com as desventuras da mesma.
A questão é será que um dia essas ruas vão deixar de ser tão escuras e cultivar tão intrinsecamente com a própria escuridão de dentro da alma? Será que se eu preencher o espaço, elas deixarão de ser tão escuras? Mas preencher com o quê? Comauto-realização? Não, pois sei que faço isso todo dia e elas continuam escuras. Com amizades? Não, porque todo dia eu conheço gente nova e elas continuam escuras. Com amor? Não sei, pois sou ludicamente perdida nessa história, e não sei...
Mas um dia eu irei achar a resposta dessa pergunta. Então, esperemos.
Será que gosta de mim como eu gosto de ti? Será que você consegue entender o que eu digo com essa sentença?
Pois tenho dúvidas dia após dia se realmente gosta, se realmente posso lhe confiar o meu coração, que é tão desconfiado.
Tenho medo de entregar a única coisa que eu tenho de bom.
Tenho medo da incerteza, da insegurança, das nuvens escuras que aparecem no horizonte no fim da tarde.
Tenho medo, pois não sei se conseguirei viver com o que sobrou.
Te mostro o meu melhor sem me esforçar nem um pouco sequer. Pois é assim que eu serei o resto da minha vida.
Prometo viver contigo, sorrir, chorar, aprender, dançar, cantar, escrever e aprender milhares de outras coisas que não dariam para ser escritas em tão pouco espaço. Então, por favor, se tem pena de mim,
então te peço só uma coisa: se tem realmente pena de mim, conseguiria responder se gosta de mim como eu gosto de ti?