Dimos Iksilara
Podemos perder a bússola, o compasso, e até o mapa, porém, não a esperança, se quisermos achar o caminho e também um sentido para as nossas vidas.
A depressão, sob uma ótica física, seria como a vitória da gravidade sobre a fusão nuclear, um colapso.
O bem viver passa pela solidariedade, mas não pela conivência. Pela cordialidade, não pela permissividade, pois não raro quem cala consente.
Na tristeza não temos vontade e nem vemos sentido em fazer algo. Na depressão achamos que é impossível.
Em vez de plantar grãos, plantamos ideias. Em vez de caçar animais, caçamos oportunidades, pois mudamos mais na aparência do que na essência.
O futuro, a Deus pertence, pela sua imprevisibilidade. O presente, aos homens, pela sua capacidade criativa. O passado, ao lado vitorioso, pela sua versão da história.
Os olhos captam os fótons de luz, cujo reflexo achamos ser a realidade, a mente interpreta esta realidade, e a reflete como existência. Por isso o existir pode ser tão diferente para cada um de nós.
A força de uma imagem vale mais do que mil palavras, mas a força de uma única palavra pode evocar mil vivências.
Tanto o ponto quanto o infinito são grandezas matemáticas distintas e quantificáveis, porem só na mente humana cabe o paradoxo, onde um ponto pode conter o infinito, e o infinito estar contido em um ponto.
Os mesmos tambores que levavam os homens às batalhas no passado, podem levá-los no presente a um estado de êxtase e deslumbramento, o que muda é apenas a freqüência da batida e os adereços.
Às vezes é preciso perder altura, ou seja, cair, para poder ganhar a velocidade necessária para se ir mais longe.
Força se mede pela contração muscular e trabalho realizado, e Poder se mede pela conquista de corações e mentes.
O segredo do sucesso passa pela maior eficiência, ao produzir a maior reação pela mesma ação realizada.
Uma vez vencida a luta pela sobrevivência, por alimento e abrigo, o ser humano não consegue viver e evoluir sem desenvolver a espiritualidade.
Os seres humanos, ao trocarem o existir natural-social, pelo tecnológico-social, produzem uma mudança no paradigma evolucionário, cujos resultados, se para melhor ou pior, veremos com o andar da carruagem.
O verdadeiro poder não está em dominar as forças da natureza, mas sim manifestar a natureza humana em todo o seu potencial.
Vivemos inseridos em um Universo paradoxal, que cria imobilidade aparente, onde existe movimento pulsante, com limites apenas no infinito.
O prazer é para todos, pois depende apenas de estímulo sensorial adequado; a felicidade é para poucos, pois depende da ausência de conflitos e paz interior.
Às vezes é preciso manter a rusticidade e a altivez dentro do nosso existir, pois apesar de ser mais fácil a vida do cão à do lobo, perde-se a liberdade no processo.
Envoltórios existem em todos os níveis da evolução da matéria, mas nenhum deles é tão frágil e seus donos têm tanto apego quanto o humano.
A paz que todo ser humano sente no profundo da sua alma
é semelhante à ausência de ventos no olho de um furacão: totalmente relativa.
Uma imagem representa a realidade concreta, um símbolo
representa a realidade abstrata, mas é uma ideia que permite fazer a distinção entre uma e outra.
No rio que flui do tempo, só experimentamos marolas, pois,
para se pegar às grandes ondas, é preciso coragem para se lançar no desconhecido.