Dija Darkdija
Sem título, sem (re)make
vá.idade
não importa o que faça
teu batom resseca logo
teus lábios de fo.foca
ursos polares te engolem
e cospem pandas
mesmo que te adorem
por estas bandas vieste
e te mandei pra lá
a máscara é teu lugar
de(s) verdade
Ebulição
Se a coisa sobe e desce
Ferve (ou não) e some
mas nunca desaparece
(esquenta mais)
ssss... esquece
Ressurreição das luzes
Que o harmônico preto-branco
destroce as luzes malditas
(as que fingem que iluminam)
apagadas falsas luzes
não merecem praça ou banco
(nem recebem belo nome)
Esfolem com novos sons
a cinza do corpo cinza
da cinza ex-luz-futura-
(metamorfe até luz fina)
luz branca-
luz negra-
luz
(me fascina)
Poe.mo.[l]de.lo
Na (poesia), poesia-
mode.lo não tem mo[l]de.lo
Na moda mode.lo molda
Eu mor.do mode.los e mo[l]de.los
Eu morto
Renasço em outro (mo[l]de.lo)
dele não me escapo
ou se não me capo
ou me re.mo[l]de.lo
poesia mo[l]de
(mascara) máscara
poe.molde poe.mode
(pô, e pode?)
GUIA INSPIRITUAL
o mentor do poeta
deve ser uma raposa
arquiteta de caverna
o sentido sempre alerta
caça palavra-rato
sutil como mariposa
rima passo com passo
olho de gato
pelo que pousa
na ca[l]ma da neve que nos leve
por uma viagem outra
a gente de bobo
com garra de lobo
se agarra
[h]a rastros esparsos
por essa viagem toda