Diego Glauser

Amor

O amor é o diabo, um cão dos infernos
É cegueira, sombrio, enigmático como a noite.
É verão, é primavera, é outono, mas acima de tudo é inverno.
O amor é tão filho da puta
Que pode ser um anjo, sim um anjo
Tão sublime, tão perfeito em sua mera imperfeição.
Ele é voraz, ele quase nunca falha
Ele é tudo e sabe ser o nada...
Amor, o tudo e o nada.

Desolação

Há uma voz em meu peito
Que deseja sair
Talvez seja um grito de raiva
Ou apenas, um sussurro da alma.
Abro a janela
O sol está lá, imponente
Teus raios são fortes
Os pássaros cantam
O vento sopra
As folhas caem
Blá, blá, blá...
Tudo parece bem
Até encará-lo
De frente a um espelho
Questões, perguntas sem respostas
Silêncio, há um vazio
Desolação!
Carregar uma cruz
Pesada e rústica
Não é nada fácil
Sob olhos alheios, indiferença...
Agora eu entendo.

Seguir em frente

O olho do furacão, não vê as consequências
Devasta tudo, sem deixar rastro
Assim como o tolo nunca vê o tempo
Da mesma forma que um sábio.
Um coração contrito, quase em cinzas
Não distingue o certo do errado
O amor queima, a solidão gela
A alma respira, enquanto em teu corpo há espaço.
Bendito sejam aqueles que seguem em frente
Sem em momento algum, se perder no passado.