Diêgo Cabó
Poesias sem Destinatários
Poesias sem destinatários
Amores utópicos sendo escritos
Um tiro no escuro, sem rumo, buscando o futuro
Imaginação a mil esperando um novo amor para antes de tudo
Ser sentido
E só depois escrito
Poesias sem destinatários
É como atuar
Sentir ilusões e assim documentar
Nada quente
Apenas a fria letra exposta sem real significado
Somente palavras no meio de tantas outras
Poesias sem destinatários
Sem função
Sem amor
Sem originalidades
Coração calado.
Afinal, todas estas poesias escritas sem um endereço não passam de textos que serão lidos sem suspiros apaixonados, perdendo assim sua principal função. Virando mera ‘’arte e cultura’’, sendo apenas ‘’rima’’ de um povo que esqueceu seu real significado.
Receita do amor
Ingredientes:
.4 xícaras de carinho
.2 xícaras de atenção
.2 colheres de suspiros
.8 pedaços de saudades
.3 colheres de respeito
.Amor, sorrisos bobos, pimenta e ciumes a gosto.
Modo de preparo:
-Misture 8 pedaços de saudade com 2 xícaras de atenção em uma penela até virar uma mistura onde qualquer momento seja especial. Acrescente sorrisos bobos até ficar homogêneo;
-Junte todo o carinho na forma e caramelize com suspiros de paixão, ao sentir o cheiro de sonhos se espalhando no ambiente retire do fogo e acrescente uma pitada de pimenta para sentirmos a intensidade dentro de nós sempre que provarmos;
-Misture bem todos os ingredientes anteriores para não virar rotina, acrescente muito amor e uma colher de ciumes para dar um pequeno sabor de dedicação; Adicione 3 colheres de respeito. (Caso erre na medida de ciumes coloque respeito a gosto);
-Ponha a 120 batimentos por minuto em dois corações quentes e com bastante espaço para amar. Nunca coloque em um coração mais ingredientes que no outro.
-Obs: não deixar mais de um dia no fogo pois a saudade queima.
Rendimento: Duas porções
Dica de acompanhamento: Aprecie com abraços e músicas
Tenho fome de amor
Não um amor frio ou morno…
Fome de um amor quente
Que queima a língua
De lamber os dentes
Que não me faz rir
E sim que me dá gargalhadas
Que não me julga
Me entende e desabafa
Não quero um amor mudo
Quero ouvir seu corpo
Sentindo sua respiração
Olho no olho
Dormir acolhido por sua voz
Assistindo o tempo passar
Dia, tarde e noite
Em seus braços quero estar
Mossoró
Terra do sol
Do sal
E do petróleo
Terra do calor
Da juventude
Terra das paixões e também
Terra em que me apaixonei
Amores vermelhos, morenos, e loiros
Amores de todos os gostos
Alguns que me prendem e outros que já se foram
Levando consigo alguns sonhos e desaforos
Mossoró
Terra que me deu mais do que prometia
Saudades, lágrimas e correrias
Tudo espiado daquela varanda em noites frias
Que de lá me vi pequeno
Porém, muitas vezes gigante
Quem acha que Mossoró é só uma cidade, se engana
Muito além do mapa
Mossoró está em nossas vidas
Mossoró, oh terra bendita.
Enquanto você cantava
Eu me definia
Não na doce letra da música
Muito menos em sua voz desafinada
Eu pressentia sua intensidade
Na melodia que em seu coração retumbava
Tu me causavas suspiros, arrepios, e as vezes crises de risos
Me entreguei ao teu perfume
Até me misturei as suas lagrimas
Já não podia fazer nada
Entre todas as distrações
Você era a melhor
Talvez a mais fantástica