Dhyocasta Maryah Sharakah
O que está acontecendo com o mundo?
Sinceramente, não compreendo...
Ligo a TV, encontro no noticiário, somente,
Notícias de pessoas matando pessoas.
Saio na rua, deparo-me com crianças abandonadas.
Vejo crianças sem educação, sem alimentos, sem amor.
Vejo crianças, sem visibilidade, perante à sociedade.
O futuro da nossa nação, está esquecido, está invisível.
Os professores estão ficando extintos,
Professores estão sendo maltratados
Maltratados pelo governo,
Maltratados pelo povo,
Maltratados por sua profissão.
Pessoas consideram um vencedor de reality, um heroi,
Heroi mesmo, heroi é o professor, heroi é o trabalhador,
As pessoas, deveriam investir na educação das crianças, mas,
Sustentam apenas algo desnecessário,
Acorda povo brasileiro, acorda!
Sem educação, sem professores, sem valores éticos,
Você espera que seu filho torne-se o que?
Alguém com responsabilidades? Com dignidade?
Jovens estão confusos e descontrolados, idosos desamparados,
Os adultos estão cegos, atropelados pela ganância.
Nós, crianças e adolescentes, somos o futuro.
Futuro? Confesso, temo-o muito,
Arrepia-me à alma, somente ao imaginá-lo.
PAPAI
Quando você abandonou-me
Não pensou na minha dor
Você simplesmente apagou-me
Da sua mente, sem temor.
Hoje, ainda choro no meio da noite
Sei que você não merece se quer
Uma lágrima que escorre pelo meu rosto.
Mas esse jogo da vida ainda se reverterá
Eu sempre dou o meu melhor, para superar-me.
Tenho certeza que no futuro...
Você olhará para a pessoa que tornei-me,
Lembrará que um dia, minha mão você largou,
E em meu coração você pisou.
Quando você precisar das pessoas pelo qual me abandonou
Sei que elas não estarão lá com você, mas saiba,
Que mesmo tento me machucado profundamente
Sempre estarei aqui, pronta para lhe estender a mão
Cresci e aprendi da maneira mais difícil, e não me permitirei,
Jamais, cometer os mesmos erros que você!
Quem nada vê é a sociedade, ignoram deficientes visuais, Pensando que são limitados, quando na verdade limitados somos nós, que podemos ver e não vemos coisa alguma.
- Quando crescer, quero ser como você!
Ao ouvir isso, me deparo com uma montanha russa de pensamentos.
Já pensei em mudar para a Suécia, tocar piano clássico durante a noite, ficar de pijama e dançar no meio da rua principal, pedir esmolas para desvendar a emoção que os mendigos escondem atrás dos olhos e sentir a sensação de desprezo. Pintar quadros que ninguém saiba o que realmente eu estava sentindo ao pintá-los. Andar de bicicleta na chuva, escrever livros, fotografar o cotidiano das pessoas de todo o Mundo.
Mas por que não fiz nada disso? Talvez eu sinta medo de mudanças, ou simplesmente esteja acomodada. Ou pelo fato de ter responsabilidades pensei que não havia mais necessidade de sonhar como criança.
Ainda na montanha russa de meus pensamentos, sento-me ao lado da menina.
- Queria eu, ser como você.