Dhulya Graicietty
Te vejo como você é, e não sei se isso te assusta,
Ou acaba te ganhando.
Imagina que louco, alguém saber e entender o que você diz?!
Uma afinidade que não é da noite para o dia,
Onde você me ganha todos os dias de uma forma diferente.
Me ganha quando é sincera e me diz verdades,
Verdades estas, que o mundo me priva.
Você vem, e mostra tudo ali,
Não adula quando o assunto é colocar os pés no chão,
E isso me atrai tanto em você.
Cada parte minha, se quebrou.
Sei disso, porque pude ouvi-las se dilacerem,
Quando li tudo o que disse,
A sensação de estagnar é óbvia,
Eu não sei o que fazer em relação à você.
É como se fosse uma luta de boxe,
Você me nocauteou, e ao invés de “contemplar” o momento,
Se debruçou sobre o meu corpo e continuo batendo.
Mesmo eu suplicando, dizendo que não aguentava mais,
Você diferia mais um golpe.
Não sei se consigo levantar, não sei se quero lutar,
Na verdade não quero lutar, não com você,
E sim, pela gente.
Você me pressiona!
Ouvi isso tantas vezes de você, que nos analisei.
Vi que, te procurar, era pressão,
Te ligar, uma mensagem,
Ou até mesmo uma demonstração de carinho, te incomodava.
Pensei que eu estava errada, que deveria mudar,
Talvez ser fria como você, seria a solução.
Vi que não conseguia não ser eu,
E que o meu eu só te irritava.
Eu não sei, não ser eu!
Eu não aprendi a disfarçar sentimentos,
Não sei tratar com frieza quem eu amo.
Talvez pressão para você, seja ser amada,
Assim, eu concordo, te pressiono muito...
Queria que você ainda me amasse da mesma forma,
Que o que nos aconteceu não tivesse nos mudado tanto,
Que você ainda quisesse ficar ao meu lado,
Mas não...
As vezes sou um encosto ou algo flexível,
Que tanto faz estar ali ou não,
E que as vezes, é melhor não estar,
Bem, isso é um dos "achismos" que você odeia,
Entretanto, é o que parece.
Quero que a gente dê certo,
Que não tenhamos nos estragado tanto,
Mesmo não dependendo apenas de mim...
Espero!!!
Eu desisto de você!
Em nenhum momento você dá importância pra gente,
Até porque, segundo você, não somos nada.
É o engano mais dolorido que podemos cometer,
Dizer que não temos nada, que não somos nada.
Tento fingir que não me importo com a forma que você me trata, mas dói...
Dói não saber se você sente o mesmo,
Dói não saber se você ainda me quer por perto,
Dói não ter você como antes.
Mesmo que tudo tenha mudado,
Mesmo que tenhamos nos perdido,
Ainda queria que fosse você aqui...
Te guardei em uma caixinha,
Durante anos, ela ficou lá, trancada...
Eu sabia que existia, sabia de todo o sentimento que tinha ali,
Mas, guardei pra mim, era só meu.
De repente, te reencontro,
E quase que instantaneamente, essa caixinha se abre,
Por que ela abriu?
Eu não havia trancado?
Você fez questão de me mostrar mesmo sem querer,
Que não adiantava guardar, você estava ali,
Aquela caixa ficou escancarada pra quem quisesse ver.
Talvez esse tenha sido o erro: te deixar ver os sentimentos!
Você pegou essa caixinha e tomou-a para si,
Afinal, o que tinha ali te pertencia, não é mesmo?
Só que, em um determinado momento, essa caixinha caiu...
E agora? Devo pegá-la e entregá-la à você novamente?
Ou apenas deixá-la ali, juntamente com tudo o que eu sinto?
Ah, bendita caixinha de sentimentos...
Queria dizer que não sinto sua falta,
Mas, caramba...como dói...
Dói ficar longe de você,
Dói saber que não está aqui,
E, dói mais ainda, saber o quanto você me faz falta...
Impossível ouvir Lana sem lembrar de você,
Sem lembrar de como gostávamos de ouví-la juntas.
É doloroso saber que não vai voltar,
Que agora, restou apenas um grande vazio dentro de mim,
Onde antes moravam seus sorrisos, seu cheiro, sua voz,
Onde antes morava, você...
Sinto um vazio.
Vazio este, que não sei se consigo explicar,
Pensei que poderia ser a falta de alguém ou de algo,
Tentei me convencer de que era,
Tentei me culpar por achar que era isso,
Mas o vazio que sinto é meu.
É que eu já fui embora, de mim.
É que eu não consigo ficar em mim,
Sinto falta de como eu era,
Na verdade, nem lembro mais como era,
Parece que esqueci, de mim.
Depois de tanto tempo, descobri o que fui pra você.
Depois dessa sua retirada abrupta da minha vida,
Mesmo ainda entendendo o motivo...
Sim, mesmo sendo egoísta como você diz, eu entendi.
Só não entendia bem o fato de doer em mim,
Me fazendo ser consumida pela culpa,
Não entendia o porquê de não ter mais o mesmo efeito em ti.
Até receber um choque de uma possível realidade...
"Você foi o ego dela gritando nas noites de insônia".
Sabe por que dói mais em você do que nela?
Sabe por que ela não sente sua falta?
Porque você sente demais!
A ama como nunca pensou em amar alguém...
E é doloroso saber que ela está bem, sem você...