Dezesseis Luas
“Sacrifício. Não é o que chamaria de palavra moderna. As pessoas ouvem a palavra “sacrifício", e ficam com medo de que algo seja tirado delas ou de que elas terão que desistir de algo que eles não vivem sem. Sacrifício, pra elas, significa perda num mundo que diz que podemos ter tudo. Mas eu acredito que sacrifício verdadeiro é uma vitória. Isso porque, é necessário livre arbítrio para desistir de algo ou alguém que você ama, ou de algo ou alguém que você ama mais do que a si mesmo. É uma aposta. Sacrificar não vai levar embora a perda e a dor, mas isso ganha a batalha contra a amargura, amargura essa que escurece a luz de todo o valor verdadeiro em nossas vidas.”
Sacrifício. Não é o que chamaria de palavra moderna. As pessoas ouvem a palavra “sacrifício", e ficam com medo de que algo seja tirado delas ou de que elas terão que desistir de algo que eles não vivem sem. Sacrifício, pra elas, significa perda num mundo que diz que podemos ter tudo. Mas eu acredito que sacrifício verdadeiro é uma vitória. Isso porque, é necessário o livre arbítrio para desistir de algo ou alguém que você ama, ou de algo ou alguém que você ama mais do que a si mesmo. É uma aposta. Sacrificar não vai levar embora a perda e a dor, mas isso ganha a batalha contra a amargura, amargura essa que escurece a luz de todo o valor verdadeiro em nossas vidas.
Mas o negócio é que jamais seria eu. Não importava o que eu fizesse, não importava o que eu dissesse, eu sempre seria um deles. Lena jamais seria. E acho que era isso que me deixava mais frioso, e mais constrangido. Eu os odiava ainda mais porque lá no fundo eles ainda me tratavam como um deles, mesmo eu namorando a sobrinha do Velho Ravenwood, tendo enfrentado a Sra. Lincoln e não tendo sido convidado para as festas de Savannah Snow. Eu era um deles. Eu pertencia a eles, e não havia nada que pudesse fazer para mudar isso. E se o oposto fosse verdade, de certa forma eles pertenciam a mim, então o que Lena enfrentaria não era só eles. Era eu.
A verdade estava me matando. (...) Eu não tinha mais controle sobre o meu destino do que ela. Talvez nenhum de nós tivesse.
E, por um segundo, ela aparentou estar tão vulnerável quanto se sentia. Eu podia ver o alívio em seus olhos, e pude ver o quanto ela se esforçava para ficar na cadeira, se segurando para não se jogar aos prantos nos braços dele.
Acho que era assim a sensação de amar alguém e sentir que o tinha perdido. Até quando ainda se estava com a pessoa nos braços.
Eu podia ouvir o som mas não entendia as palavras
e então percebi que o som era eu me partindo
em um momento eu sentia tudo e não sentia nada
estava em pedaços, estava salva, perdi tudo, ganhei
tudo mais
alguma coisa em mim morreu, alguma coisa em mim nasceu, só sabia
que a garota foi embora
seja lá quem eu fosse agora, eu jamais seria ela de novo
Havia meses que eu tinha o mesmo sonho. Apesar de não conseguir me lembrar de tudo, a parte do qual eu me lembrava era sempre a mesma. A garota estava caindo. Eu estava caindo. Tinha que me segurar, mas não conseguia. Se eu soltasse, alguma coisa terrível aconteceria com ela. Mas esse era o problema. Eu não conseguia soltar. Não podia perdê-la. Era como se eu estivesse apaixonado por ela, mesmo não a conhecendo. Tipo um amor antes da primeira vista.