Dérick Sander
"Nunca foi mania de grandeza e sim ausência de comodismo, quem nasce para ser grande é atraído ao seu objetivo"
Morte
Oposto da vida, sombra da luz
Para alguns assusta, para outros seduz
A morte atrai quando a vida nos trai
É o fio da esperança, letal e sagaz
Doses de estresse, dor e lamento
Estar bem por fora, sofrendo por dentro
Recebo a morte, contente e feliz
Nessa vida infiel
meu melhor eu já fiz
Flor
A Flor menina, renasce a vida do doce jardim
A Flor tão jovem, se foi com o vento, levando consigo um pedaço de mim
Se um dia te achar pelo chão rolando sozinha
Serão Pétalas cinzas
Refletindo a dor minha
Não te abandonarei como um dia por ti fui abandonado
Pois conheço o ardor e o poder de uma flor
Que jurou para sempre ficar ao meu lado
Despedida
Se feriu meu coração, eu gostei de ser ferido
Rolam lágrimas inocentes de um coração partido
Que sente antes de ver; seus encantos e perigos
Sorria para o nada, faça-te feliz
Lembre-se de cada noite e
Cada verso que eu fiz
Nosso errado é tão certo, abuso da ironia
Dos meus sonhos mais loucos;
Devaneios, poesia
Tu fez da realidade minha doce fantasia
Ilusão
Cegueira do bem, traz pra mim o que nunca tive
Mascara o falso em forma de amor
Cria algo onde nunca existiu
Faz chover onde nunca molhou
Faz do mundo alegre e bonito;
Meu prazer limitado e finito
Onde sonhos se tornam verdades
E todo o real vira mito
Perversa e ousada
Aliada das fortes emoções
Em vezes roubando o tempo
Em outras; Frágeis corações
"No jogo da vida, às vezes não há espaço para os bons então nos vemos na obrigação de desistir ou tornarmo-nos excelentes"
Perspectivas
A libertinagem intesifica a reciprocidade
Não há sentido demonizar quem vive para o prazer
A religião que tornou a conduta profana
Esconde Deuses libertos alados às camas
Do que adianta dar asas aos anjos
se a ética não lhes permitir voar?
Bonecos moldados por uma falsa moral
Guardiões de um exército falido
Travestidos de bem, praticando o mal
Discussões evitadas, palavras não ditas
Quem sempre nega a culpa
Há de amargar o arrependimento
A dor do coração partido
Ao ver ela partir
Me revelou ser inútil
Enquanto esteve aqui
Todo amor vira ódio
Quando vencido pelo tédio
Consciência de inércia
Me fez assim tão só
Abril
Se o sorriso bonito fizesse feliz quem lhe dá atenção
Valeria o risco, dos versos escritos em cada canção, não são noção
Quando amor de um só se resume em paixão é ilusão...
Sentimento profundo em menos de um segundo pode naufragar,
Tempestade de areia
Não impede a Sereia de cantar, encantar...
Foi na troca de olhares que o papo fluiu
Sem jurar lealdade, um beijo sem maldade, assim ela partiu, sumiu!
Disfarçando o romance
Me trouxe as nuances de abril
Covardia
Não existe lisura na abstenção
Simbolismo jamais será princípio da omissão
Aquele que se exime da culpa é tão leviano quanto o alienado convicto,
Porém arrogante por não se permitir errar
Jovem romancista
Sentimentos na ponta da caneta
Sonhos na sola do sapato
Esperança é hipocrisia em tempos de inércia
Vida insana te engana
Conceito ou colapso?
O que mais nos cativa é a memória das falsas vivências
Renegando o passado em nome do amor
Você me faz feliz, eleva o nível pra além do real
Dividindo espaços nossa ligação é inalterável
Divindo memórias transcende dimensões
Não sei, sem inspiração você me inspira sonhos!
Ironia é fluir com o cérebro retardado
Que Transcende, Habita e Cria
A teoria de fatos baseados
Singular
Ela era delicada, educada e transmitia uma paz singular
mergulhei no seu sorriso doce, como se aquilo fosse me regenerar
A vida nos cansa, mas essa dança não pode parar
Desconhecidos, entregues ao acaso
para tirar o atraso
Dois inteiros que se encaixaram, como rima e melodia
A maldade e a magia, realidade e a fantasia
Livrai-me das simples paixões
Os fetiches da carne se tornam prisões
Onde nada supera a dor da saudade
Se o destino quiser nos unir
Eu te encontro por essa cidade...
Contramão
Você estava linda, eu te fiz sorrir!
As passagens do tempo um dia justificarão suas fases para aqueles que buscam explicação para tudo
O corpo é o reflexo do seu brilho interior, de suas noites em claro vivendo a escuridão
Eu te vi lá, eu vim de lá
De calça vinho e aba reta, estereótipo de poeta
Na contramão do mundo só pra te encontrar