Dennys Leal
Talvez, eu não me abalo com a desgovernança desse mundo Talvez, eu me acabe em um quarto escuro
Talvez, eu conte tudo ao meu violão
Talvez, saia pra você a mais bela canção.
“ A vida entristece para se regenerar
O aprendizado cessa e o ignorante morre
Como uma flor sem água e sem ilumina/sol Para se respirar,
É que o “ignorio” transbordou-se
É que da vivencia sutil se fez a morar
Seus olhos simples, simplesmente olhou
E a vida escorreu pelas mãos
E a única essência que conheceu sem conhecer
Foi das valas profundas
A morte de velas acesas
Que ao se apagar ex querido foi.”
" Ó Cais, que ao anoitecer brinda
Que ao porto silencioso escuta-se
Trás o aroma do mar e a serenidade em maresia
Som de concha aos rasos, dos mais belos fios de cabelo
Me trás a sina, e o reflexo da lua ilumina
Marca com o tempo, que é curto
Momento imóvel surreal
O passado logo existe
Sua presença que não dissolve."
Folhas Paraliticas
Pensamento segue nômade
“Pensar? Penso logo existo, imagino
Fugindo desse labirinto abismado me sinto limpo
Existo? Sim, e sem destino, crio.
Deixo me tomar esse nômade raciocínio
Fugindo? Não, mas em pensamentos jamais ficarei adormecido
É que a minha selva florestal se concretizou em pedras
E essa areia e agua misturada tapou o verde da natura e o seus extintos
Os horizontes já não se ver, é que as grandes casas trancou-se a chaves
Cortou-se as raízes daquelas árvores,
E o pranto dos pássaros sem habitat logo me atormenta
É que eu fiquei sem trena pra medir tamanho estrago que o homem faz.
Penso, logo, fujo sem olhar pra trás
É que esse labirinto amargurado em pedras me entristece demais.” 2008