Décio Pignatari
Décio Pignatari nasceu em Jundiaí, São Paulo, no dia 20 de agosto de 1927. Descendente de imigrantes italianos, ainda pequeno, muda-se com a família para Osasco, onde passa sua infância e adolescência. Em 1948 ingressa no curso de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Em 1949 publica seus primeiros versos na Revista Brasileira de Poesia.
Em 1950, Décio estreia na literatura com o livro de poemas “Carrossel”. A partir de 1952, Décio Pignatari, Augusto de Campos e Haroldo de Campos iniciam a articulação da chamada “poesia concreta” - uma reação contra a lírica discursiva e frequentemente retórica da geração de 45. Os três defendiam uma nova forma de poesia, com a palavra pensada em todas as dimensões: semântica, sonora e visual. Nesse mesmo ano publicam a primeira edição da revista “Noigandres”. Em 1953 forma-se em Direito.
Em 1956 o grupo lança oficialmente o movimento concretista, durante a Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e no Ministério da Educação e Cultura, no Rio de Janeiro. Em 1956, é decretado o fim do “ciclo histórico do verso”, no manifesto “Plano-Piloto” para a Poesia Concreta. A adesão de muitos poetas ao grupo motivou congressos, exposições, mesas redondas e também muitas críticas.
Mais tarde, mais satírico e menos ortodoxo, Décio escreveu romances e também contos. Foi professor e teórico da comunicação. Traduziu obras de Dante, Goethe e Marshall McLuhan. Entre suas obras destacam-se: “Poesia pois É Poesia”, “Contracomunicação”, “Semiótica e Literatura”, “Comunicação Poética”, “Informação, Linguagem, Comunicação” e “Semiótica da Arte e da Arquitetura”. Faleceu em São Paulo, no dia 2 de dezembro de 2012.