De uma blogueira para Hugo Cavalcante.
Meu querido Hugo, li sua história e me emocionei. Mas não uma emoção clichê, uma emoção que realmente encheu os meus olhos de lágrimas. Tens lá seus motivos de ser feliz ou infeliz e eu compreendo, todos temos um pouco disso, mas o que realmente me surpreendeu foi o fato de você demonstrar sua fraqueza e seu medo enquanto o que todos esperam é que você seja forte o tempo todo. Meus lábios seu trincaram e os olhos se fecharam vez ou outra por admiração, por acreditar que você é uma das poucas pessoas que sabem o que é felicidade, ainda que raramente ela apareça. Não sabe quão grandiosa foi a minha vontade de ser sua amiga, de ser alguém que você pudesse contar, mas você sequer me conhece. Eu li suas autorias apenas como uma poeta que escreve e analisa, que reconhece o valor de cada letra em seu devido lugar, mas ao ler sua história a poeta se foi e veio a “humanidade” que já preexistia em mim, mas que eu ocultava para dar asas a poesia livre, espontânea e metafórica que reside nesse pequeno grão de areia que sou desde que me entendo por gente. Olhei tudo a minha volta e o que vi foram coisas desnecessárias, diante das suas dúvidas quanto a vida e ao que ser ou fazer dela. Não vou dizer que te entendo, sou sincera ao ponto de admitir minha ignorância quando se diz respeito a ti, eu não sei nada sobre ti, mas admiro-te diante de todos que lerem isso. Saiba que por mim você será sempre visto com bons olhos, não só por causa da sua dificuldade, mas pelo fato de não ter se deixado levar apenas pela depressão e pela conflituosidade que habita em ti à tempos, mas por não ter deixado de ser uma pessoa de bom coração. Tende bom ânimo, querido.