Dayane Mello
Hoje eu ti vi e você mexeu comigo de forma inenarrável. Pensava que já havia dominado esse meu sentimento, essa sede que tenho de você, mas depois da recaída que meu coração teve, já não sei mais o que pensar. Às vezes acho que sou do estilo masoquista, que gosto de ficar me ferindo, lembrando e chorando por aqueles momentos que passamos juntos. Quem eu quero enganar? Sinto-me uma idiota querendo fantasiar algo que de fato não ocorre. A verdade é que, quando me acostumo com a ideia de que não mais lhe possuo, você aparece muito inesperadamente, de sei lá onde, e acorda um sentimento que por necessidade tem de falecer. Minha vontade é de sair correndo, mas ao teu encontro. Beijar-lhe, abraçar-lhe, sentir teu cheiro, ouvir tua voz. Quer coisa mais doce do que você coladinho a mim, permitindo que eu ouça atentamente a tua voz? Eu nunca havia me interessado tanto por alguém como me interessei por você. Acho que pela química que há em nós, e que até certo tempo atrás não entendia o que era, a atração que sentimos um pelo outro e que de forma alguma alguém possa negar. Tento me envolver com outras pessoas, outros rapazes, mas é inútil. De começo sim, pareço estar animada com minha nova fase, começo até a pensar que estou abrindo espaço para um novo sentimento para com uma nova linda alma, mas basta você aparecer para mudar a “realidade”. Você é do estilo sapo aos olhos dos outros, mas o príncipe aos meus. Idealizado como tudo-o-que-uma-garota-quer, ou mais precisamente tudo-o-que-eu-preciso, mas infelizmente não posso, até porque uma realidade que já foi minha (e faz demasiadamente falta) agora pertence à outra.
Ps.: Para você, desejo apenas as mais belas rosas colhidas do jardim que você mesmo semeou em meu coração e hoje colho sentindo sua ausência.
“Por mais que o tempo passe, nada se torna esquecido, mas apenas adormecido, esperando quem sabe, somente um toque para que tudo possa despertar.”
É que às vezes bate uma saudade, mas na grande maioria das vezes ela nunca sabe decifrar o por quê daquele bendito sentimento. Ela é bipolar. Quando está feliz, torna-se triste em um simples piscar de olhos. Acho que ela sente falta de pessoas, datas e momentos que marcaram a vida dela. Ela é tão determinada, sabe o que quer dar prioridade à vida dela, mas ao mesmo tempo, é tão indecisa. Acho que ela tem medo de ser envolver. Medo do desconhecido, de enfrentar situações novas, pessoas novas. Medo do que falarão, do que pensarão. E é por essa insegurança toda que ela deixa de arriscar. Deixa de agir e tomar atitudes que ela gostaria de tomar. Ela não sabe se escuta o coração, ou a razão, ou as pessoas que estão à volta dela. Ô garotinha complicada ela. Ela adora deixar tudo subentendido. Ela adora provocar mistério e deixar um clima de curiosidade pairando no ar. Acho que pelo fato dela viver cheia de curiosidades e mistérios, adora usar isso para com os outros. Ela é recíproca demais. O que os outros proporcionam a ela, ela faz questão de retribuir. Mas não, ela não é uma pessoa má. Ah, ela é uma pessoa tão boa, tão meiga, tão carente. Isso! Acho que encontrei a palavra certa! Ca-ren-te! Esta é uma palavra que pode descrevê-la bem, pois é devido a esta carência tão excessiva, que ela fica aí, agindo como age, envolvendo-se com quem envolve, e tornando-se demasiadamente envolvida por seus príncipes encantados, (ou seriam sapos)?
”Ela jamais imaginaria que tudo ocorreria de tal forma, que tudo seria misterioso e até mesmo confuso. Isto também porque ninguém contou à ela das dificuldades que teria de enfrentar, das escolhas que teria de fazer. Ela nunca seria capaz de adivinhar as pessoas que conheceria, com quais se envolveria, o quanto todas se tornariam demasiadamente especias para a vida dela. Não teria ideia do quantosorriria por estas e até mesmo choraria por elas; fosse de surpresa, espanto, alegria ou decepção. Sorrisos foram dados e lágrimas foram derramadas pelo fato dela ser ingênua demais. Ela não tem malícia no coração. Possui a alma pura, transparente. Mas além de ser uma garota doce, que não deseja mal à ninguem, é uma garota confusa, ambigua, complexa, inconstante. Ela não se entende, não consegue firmar em suas decisões pelo simples fato dela ser movida pelo momento em que vive, pelos sentimentos e pensamentos que ela possui naquele determinado momento. Ela já chorou demais, já sofreu demais por pessoas que só queriam ver a derrota dela, o fracasso dela, mas agora ela levanta a cabeça e segue em frente, porque a única coisa que ela realmente deseja é viver e ser feliz!”
E há sempre algo em nós que apenas não conseguimos dominar. Digo isto porque esta é a mais pura realidade. Desde que o mundo é mundo, e nele há vida, isto é um fato verídico. Pensamentos, vontades, desejos mais insaciáveis, ações repentinas e palavras inoportunas. Não conseguimos dominar certas ações e emoções apenas pelo fato delas ser o que mais queremos. Pensem comigo; todos nós temos dois lados instintivos, pelo qual podemos chamá-los de razão e emoção. Há aqueles que sempre seguem o lado emotivo, dizem “ouvir” e “seguir” os “mandamentos” do coração, pois afirmam que a vida é realmente isto, o ato de arriscar, de acertar, e se errar é conseqüência, e com o erro aprenderemos. Há aqueles, portanto, que sempre seguem a razão para realizar determinada ação, dizem ser esta a forma mais correta de analisarmos fatos para que a teoria não falhe, e, portanto, não sofra danos irreparáveis, como por exemplo, um projeto mal resolvido, uma viajem fracassada, ou até mesmo um coração partido. Mas por que não conseguimos dominar nossos pensamentos e/ou emoções? A resposta para esta pergunta é muito simples. Basta pensarmos um pouco. O que acontece é que, razão e emoção jamais andam juntos. Isto aprendemos em filosofia no Ensino Médio, ou mesmo com a vida desde crianças. Acontece que, determinados acontecimentos pedem resoluções rápidas e drásticas. E, grande maioria das vezes, a melhor decisão a ser tomada é justamente aquilo que menos gostaríamos de fazer. Cada problema possui em si uma incógnita, uma letra com valor desconhecido para que possamos calcular e resolver determinado problema rapidamente. Para calcularmos podemos usar métodos direto ou indireto que facilite ou prolongue a operação sendo feita, do resultado final. E assim não deixa de ser a vida e todas as realizações da mesma. Não conseguimos conciliar razão e emoção, fazer com que ambos andem juntos, trazendo a todos então uma sensação de saciedade e prazer espiritual. Somos seres masoquistas. Gostamos do que é mau. Do que machuca. Do que demonstra mistério, segredo. Gostamos do que não se pode desvendar. Do que é errado. Do que nos aproxima do “inferno” desde que nos leve ao “paraíso”. Isto é que nos fascina. A busca pelo novo, pelo diferente, pelo proibido. E assim, na sede de vivermos o proibido, o que nos proporcione aventura e faça com que o grau de adrenalina aumente em nosso corpo, vamos remediando, pressupondo que seja algo efêmero, e que por si só seja resolvido ou “desmanchado”. Pelo fato da razão dizer “não, pare, isto não é o melhor para você”, mas a emoção dizer “continue, isto te faz bem, quem sabe não dará certo”, deixamos de pensar a longo prazo e passamos a ser imediatistas, vivendo imensamente e insanamente o que é momentâneo. Nosso lado egocêntrico é traidor. Ele faz com que atiremo-nos em um precipício sem saída. O precipício da loucura em busca de satisfazermos nossos luxos da vaidade. Nosso senso de “altruísmo por si próprio” vai se desfigurando. Enfim, esta é a lei da existência. Querermos o que não nos pertence; continuar com o que não é recomendável; viver o que é insensato. Cair, machucar, sangrar, mas mesmo assim, sabendo de todos os riscos e conseqüências, levantar, prosseguir e se necessário, fazer tudo novamente. Aliás, de que adianta viver sem antes termos cometido loucuras paranormais?
Sou fria, sou quente. Sou feia, sou bonita. Sou chata, sou legal. Sou sonsa, sou inteligente. Sou mutável, sou uma só. Sou bipolar, sou diferente. Sou raivosa, sou calma. Sou triste, sou alegre. Sou confusa, sou decidida. Sou complexa, sou fácil. Sou rejeitada, sou aceita. Sou odiada, sou amada. Sou sínica, sou franca. Sou pessimista, sou realista. Sou esquecida, sou lembrada. Sou imprudente, sou responsável. Sou desajeitada, sou cuidadosa. Sou bagunceira, sou organizada. Sou mentirosa, sou sincera. Sou chorona, sou sorridente. Sou incapaz, sou capaz. Sou ausente, sou presente. Sou egoísta, sou recíproca. Sou exibida, sou vaidosa. Sou desnecessária, sou essencial. Sou desprezível, sou importante. Sou atacada, sou admirada. Sou cópia, sou original. Sou plágio, sou exclusiva. Sou produto, sou gente. Sou platônica, sou qualidade. Sou rancor, sou amor. Sou tudo isto que dizem; sou tudo o que pensam. Sou tudo o que as pessoas falam e comentam pelos cantos. Mas sou tudo isto, ou uma coisa e outra, na cabeça de cada um, em que cada pessoa tira suas próprias conclusões, e julga quem sabe, de forma errada e precipitada sem antes conhecer e saber realmente a verdade da qual esta comenta. Nem tudo o que parece, é. Nem tudo o que demonstra ser de um jeito, talvez seja. Nem tudo que é matéria, é vida: a pedra é um exemplo! Talvez, dentro desta pessoa que tu julgas errado, apenas tenha um coração bom de menina, e um sorriso escondido esperando o momento e a oportunidade certa para mostrá-lo. Portanto, que tal dar-me uma chance?
Amor não é aquilo que dizemos sentir, apenas dito da boca para fora; mas sim, aquilo que sentimos verdadeiramente, mesmo sentido em silêncio!
Hoje, aprendi que vai indo, os sentimentos somem. Isso porque cansamos de ficarmos nos iludindo e sofrendo por algo ou alguém que nos esnoba e finge que não existimos. Somem também, porque acostumamos com a dor, e depois de um certo tempo nem a percebemos mais. Ainda somem, porque a desilusão chega, e nos mostra a mais pura realidade. Por tanto tempo, mantive meus olhos fechados, sonhando e enxergando aquilo que desejava ver. Mas para confessar-lhes, eu já esperava isso. Sonhei porém, com os pés no chão, tendo consciência do tamanho da queda, e sabendo que poderia me machucar. Dito e feito. Sonhei e “cai do cavalo”; a queda doeu, porém não mais do que eu esperava. Durante toda minha vida sonhei, mas sempre preferi enxergar mais o improvável do que o supostamente provável, sempre com medo de me iludir e me decepcionar. Por isso, não me espanto quando a realidade chega, aliás, ela sempre vem. Dolorida ou não. E por mais que ela sempre venha dolorida, pelo menos para mim, eu infelizmente não me canso de sonhar. Mas não sou eu que escolho sonhar com coisas improváveis e impossíveis; estas já fazem parte da minha rotina, e por mais que eu queira afastá-las de mim, isto parece-me inútil. Eu desejaria ‘não pensar mais’, gostaria de dizer ‘não penso, apenas FAÇO’, ou realmente ‘fazer’ , mas como? As vezes não podemos tomar certas decisões, para que as conseqüências das decisões tomadas não prejudique o nosso dia-a-dia, ou até mesmo, quem sabe, o futuro, por isso é que nos acostumamos tanto, que vira até rotina. Vira rotina ver. Vira rotina conversar. Vira rotina paquerar. Vira rotina sofrer. Vira rotina pensar. Vira rotina sonhar. Vira rotina chorar. E é graças a essa rotina, e ao costume que os sentimentos apenas somem. Só isso, mais nada!
"Transparência. Talvez esse seja o pior de todos os meus defeitos; ser tão transparente como a água cristalina dos rios, onde de longe possa perceber o que se passa em seu interior.”
Sabe aquele sentimento de não conseguir mais pensar? De você perder totalmente os fundamentos, e não conseguir mais colocar os pensamentos em ordem, ou ao menos conseguir fundar um? É justamente assim que estou agora; tento pensar, mas simplesmente não sai. Meus pensamentos andam vagos. Voando. Flutuando. Estão perdidos. Sempre tento escrever algo como antes; algo bonito de ser lido, entendido, e comentado, mas tudo o que escrevo me parece sem lógica, bobo, e imperceptível. Paro então, para tentar refletir sobre estes acontecimentos. E é lá no fundo, que vejo o problema. Um simples problema talvez. Descubro que não mais te amo. Que raramente lembro-me da tua existência. Então, desde o momento que passei a te esquecer, uma parte bonita de minha alma sumiu. Isso, porque enquanto eu lhe amava, minha alma sorria, pois você era a minha única razão e inspiração para continuar a escrever e a respirar.
Eu não consigo mais ficar comemorando as suas formas de lidar comigo. Antes sim; meu coração batia forte, por dentro eu ficava em festa, faltava apenas soltar fogos de artifício. Mas agora não. As coisas mudam, os pensamentos mudam, os sentimentos mudam, as pessoas mudam. Quando você toma alguma iniciativa suspeita à mim, eu não crio muro para lhe cercar, apenas deixo as coisas fluírem e seguirem. Mas também não entro naquele choque de êxtase, comemorando e sorrindo frequentemente e incontrolavelmente, até porque já fiz muito isto e me cansei. Agora eu prefiro ficar aqui com minhas pontes, sem muros, e levando a sua iniciativa quem sabe como uma forma de amizade, porque o que tiver de ser, será. E se tivermos que ficarmos juntos, com obra do destino, ficaremos. Com êxtase ou sem êxtase. E acredite, eu prefiro sem.
"Eu já adiei a felicidade em muitos momentos que tive oportunidade de tê-la. Agora sinto que não é mais hora de deixar o mesmo erro repetir-se. Quero seguir em frente, realizar o que acredito, deixar o que é bom fluir, acontecer e proporcionar a mim momentos inesquecíveis."
Não acredito no acaso e nem no destino isolados. Acredito que eles se fundem ao tomarmos uma escolha dentre milhares que levam a um determinado local para escrevermos uma determinada história.
Acho mágico o mundo das palavras. É nele que me liberto, que me expresso, que me sinto. Vejo nele o poder de viver tudo aquilo que não viveria na vida real. Às vezes sinto que sou assim, uma vivente dos contos de fada. Vivo pensando, viajando, fantasiando. Aliás, a vida é isso. Como um conto de fadas sim! Nós é que enxergamos tudo tão complicado a ponto de torná-la de tal forma. Acho que a vida deveria ser como as palavras: fácil, bela e antes de tudo, simples. O segredo seria apenas conseguir ordená-la de modo com que fizesse sentido. Sem complicações, demora, sem oscilações.
Estou cansada de tudo que me vem pela metade. Não gosto, repudio! Que seja inteiro ou que seja nada. Sem ‘mais’!
“Sei que tenho que relevar tanta coisa, deixar para trás tanta insegurança, dar votos de confiança não só para outros, mas principalmente para mim. Sei que orgulho deve ser esquecido, mas sinceramente? É mais forte que eu, e não é nada fácil mudar sua essência, e é por saber disto que tenho a certeza de que ninguém faria isto por ninguém.”
Conheço uma pessoa excelente. Possui um ótimo coração, é amante da verdade e admiradora de almas puras. Nesta pessoa destaca-se qualidades admiráveis, mas talvez o número de defeitos possam não ser contáveis, aliás, ela é humana, e assim como todos os humanos, não é perfeita. Adora elogios, mas se alguém mencionar três específicos – no qual esta doce criatura recusa contar-nos -, ah! daí essa alma entra em felicidade profunda. Esta pessoa tem sonhos, prioridades. Uma necessidade incessante em encontrar a felicidade plena. Ela é tão ingênua! Acredita no amor seja lá qual for. Ela tem esperanças e está sempre alimentando-as. Acredita que o mundo pode tornar-se melhor, mas sabe que isso jamais acontecerá se permanecermos estagnados. E digo mais! Ela adora recomeçar – ou começar. Ela não gosta de rotina, de paralisação. Adora coisas novas, pessoas novas, lugares novos. Dá muito mais valor e prefere um abraço à um beijo quente. Gosta do que é intenso, inteiro. Detesta o que lhe vem pela metade. Saboreia sentimentos verdadeiros e principalmente os que a fazem sorrir. Sinto um orgulho estremecedor por esta pessoa. Por ela morreria, moveria montanhas. É por ela e apenas ela que sorrio e se sentir vontade, choro. É por esta pessoa que luto e corro atrás dos meus sonhos. Ela é minha razão de não desistir, a razão por ainda respirar. O único motivo para permanecer-me aqui, de pé e de cabeça erguida. De permitir que absolutamente nada, seja lá o que for, me estremeça. Esta pessoa é meu porto seguro, a única que posso contar meus segredos e que apesar de tudo, nunca me abandonará. Ela me entende e me consola. Esta pessoa, é e sempre será, EU!
Acredito que as pessoas não precisam deixar de ser quem realmente são. Perderem sua essência, ou ainda deixarem de fazer as coisas que sentem vontade. O problema começa é quando essas pessoas perdem o controle da situação. Isso sim não pode acontecer. De resto, a gente não deve deixar de fazer algo só porque alguém tem um problema com isso. Uma coisa é fato: ao tentarmos agradar todo mundo, estaremos sempre desagradando um. Que tal deixar isso pra lá e tentar NOS AGRADAR? Muito mais eficiente. Muito mais lucrativo.