Dayane Crispim

Pelo menos, eu, descobri que as pessoas, principalmente os homens (e, principalmente, os que vão estar a fim de você) pensam que, quando ouvem a frase "sou bruxa" já acham que você é a maior promíscua, que faz pactos e poções pra manter a beleza e que banca a femefataly, acima de outras, só pra pegar homens. E ainda acham que somos liberais ao extremo, libertinas e que conhecemos todo o kama-sutra!! Francamente, isso pra mim é lamentável e desprezível! Logo nós que somos sábias o suficiente pra entender que tudo isso seria estupidez de nossa parte. Isso não é ser bruxa, é ser uma insolente, burra e afetada, de baixa autoestima. Tomara que algum dia as pessoas possam entender que ser bruxa é se dar o respeito, é ser honrada, digna e íntegra! É simplesmente ser mulher de verdade, em sua essência.
É isso!

Mulher...
A Deusa em forma Humana.
Difícil encontrar quem calce meus sapatos!
Só quem caminha em passos amplos pode tentar ter a honra de me acompanhar e, sendo assim, contemplar minha divina existência material e maternal.

Difícil encontrar quem calce meus sapatos!
Até as criaturas sagradas, naturais e belas reconhecem e se unem a minha grandeza e poder, colocando-se a meu lado em tantos desafios e batalhas.

Mulher...
A Deusa Personificada em muitas.
Difícil quem possa calçar nossos sapatos!
Poucos são quem carregue e suporte nosso brilho, preenchido da mais pura e genuína jóia das estrelas de todo o Universo e Multiversos.

Difícil quem possa calçar nossos sapatos!
Igualdade? Nem pensar! Exclusividade! Isso é o que há! Jamais admitirão que nós somos, sim, superiores e dignas de toda a contemplação e adoração.

Mulher...
Eu! Tu! Nós!
Amem! Amem-nas!
Apenas.

Nos dias atuais, vivemos em tempos onde o cavalheirismo, a gentileza masculina, a delicadeza e o carinho, realmente morreram. E não falo isso no sentido clichê do ditado, mas no verdadeiro sentido do ser! Um acontecimento do cotidiano me fez pensar. Vivemos em tempos em que, este feminismo afetado, grosseiro e alienado, tirou de nós, mulheres, o verdadeiro sentido do que é respeito, dignidade e liberdade. E pior, tirou isso dos homens!
Nada de portas abertas, para nós, por um simples gesto de apreço e gentileza. Nada de cordialidade a todas as mulheres, sem exceção, e sem interesses. Nada de lugares cedidos em transportes públicos, ou filas, pois isso já se tornou "folga" demais vinda de nós para eles.Nada de convites para encontros, esperando que se tenha o bom senso de que, quem convida é quem paga a conta. E não a metade, esperando que se divida, mas a conta inteira. Nada de prezar pela própria dignidade e essência, esperando ser devidamente cortejada, pois agora temos que nos submeter a humilhação da "caça", isso, se não quisermos terminar sozinhas.
Lamentável!
O homem, cansado de tantos ataques desnecessários dessa "anarquia feminista", tornou-se um boçal, mal educado, abusador e impiedoso. Perdeu sua essência máscula e viril, usando este "machismo" como retalhação a todas que vem pela frente, e se transformou em um garanhão, acomodado e fracassado. E a mulher, se perdeu em meio a tanta revolta e injustiça sobre ela, que não se deram conta de que dá para se lutar por liberdade, e alcançá-la, sem precisar perder a boa conduta, discrição, elegância e a graciosidade que só nós mulheres de verdade, em nossa essência, podemos ter e ser.
Agora, por causa de tantas ideias e opiniões confusas, superficiais, subjetivas e sem nenhum sentido do verdadeiro ser, continuamos nesta guerra entre os gêneros, que não tem o menor sentido e fundamento de haver, (pelo menos para mim) que não condiz com a verdadeira verdade do universo. Vamos continuar sendo tratadas como objetos, coisas, seres inferiores, desprezíveis, por homens que mal sabem ser homens. Por homens que aos trinta/quarenta anos banca o boêmio, play boyzinho, todo cheio de marra, sendo que no fundo, temem saírem da casa dos pais, temem ter uma vida de liberdade e independência, sem as falsas regalias que os acomodam. Temem ao casamento e a constituírem família, pela "desculpa" de não quererem se desgastar com uma responsabilidade, para eles e na cabeça deles, tão pesada, mas que na realidade, são simplesmente, incapazes de se garantir e se sustentar como homens de verdade. Não conseguem e não sabem como ser o "alfa" de suas próprias vidas.
Homens e Mulheres perdidos. Sem rumo. Com ideias e convicções confusas e deturpadas. Não sabem como, e por comodismo e ego excessivo, não querem ceder e evoluir. Continuam brutos, primitivos, condenados a viver nesta batalha cega que só nos exterminam, uns aos outros.
E é só.

O que condiz a essência do ser, pertence a todo o universo.
Mas o homem insiste em entrar em conflitos, por não aprender a seguir o verdadeiro princípio da vida que flui em cada ser único.

As pessoas se prendem muito a padrões e aparências, e esquecem que dentro de cada um existe um ser único a ser compreendido.

Conflitos internos em minha mente!
Mas o que são todas essas perturbações?
Para Batalhas inundadas de participios,
Nada é tão aterrador quanto essas aflições.

Por quê a Guerra distimica continua em meu ser?
Talvez seja o desconhecido sempre me assombrando.
Dia após dia, noite após noite, calada e barulhenta!
Até parece que nada passa, caminho encalhando.

Quem me déra encontrar nessa escuridão barulhenta,
Um alento significativo e simples como o amanhecer.
A Paz é uma senhora soberana e incógnita,
Ao mesmo tempo que sua presença é necessária,
Se sua voz não for ouvida, nada valerá permanecer.

O Poder do autocontrole depende do autoconhecer-se.
Nisso cria-se um caminho sem dó e sem volta.
É preciso firmeza, frieza e dedicação calculista,
Mas como driblar a sensibilidade com essa escolta?

Não posso cometer esse delito e vou firmar um Decreto,
Antes que meus pensamentos se tornem anarquia.
Farei a ordem se estabelecer em meu entender,
E assim, conseguir o equilíbrio ainda que sem harmonia.

Sozinha em meio a penumbra, sinto o Toque suave do vento, a entrar pela janela.

Toda a Volúpia dos sentidos mais aguçados tomam meu corpo com o som constante da chuva caindo sobre a terra.

Pela Ânsia de tornar aquelas sensações reais, me vejo saindo ao relento turbulento, molhado e frio, deixando minha pele gélida.

Que Prazer inebriante a natureza nos faz, mesmo em seus momentos de caos e melancolia.

O frescor externo tráz agonia, porém as carícias das gotas proporcionam um Calor interno que me arrepia.

Meu corpo se move hipnotizado, dançando com o Êxtase desta hora tão regeitada por meros mortais fracos por regalia.

Contudo, eu expresso um Suspiro de satisfação e desejo, para que tudo fique, e entre em uma gostosa paralizia.