Dayane Breyer
O homem diante de sua impotência, vulnerabilidade e insegurança inventou "seres superiores" e poderes a eles investidos para ter uma explicação sobre aquilo que lhe é incompreendido, atestando seu sentimento de inadequação ao meio e a própria ignorância.
Dayane Breyer!
Agora sim entendo o porquê de tantas crenças e apegos resultantes da ignorância humana, o homem enquanto mais racional mais infeliz se torna pois toma consciência de sua solidão no mundo. É mais conveniente acreditar em "algo mais". Vejo em nossa história grandes gênios que enlouqueceram na sua crise de realismo, estou acabada mas nem tanto, pois na minha inteligência mediana posso ter % de noção do que eles sentiram!
Tu deves saber meu nome para me chamar, meus gostos para me agradar e minhas iras para não me importunar. O resto diz respeito a mim
Um homem não pode responder no dia de hoje por aquilo que foi ontem, seria como faze-lo pagar pela conduta de outra pessoa.
Por cima das aparências está o óbvio que ninguém quer enxergar, e o "altruísmo" é apenas uma parte dessa hipocrisia!
O amor, as pessoas, as conversas, os homens, as comidas, os lugares...
Tudo isso é um tédio!
A existência é um tédio!
Eu sumiria daqui se a morte não fosse outro tédio!
Não se pode controlar o desejo do outro, não serei musa eterna do seus interesses e, antes disso o serei, paralelamente.
Tudo que te convenhas a meu respeito refere-se a tua representação especulativa dos fragmentos que vivenciou de minha pessoa e experiência percebível segundo tua ótica. Tudo o mais, e toda a verdade que possuo em essência pertencem a mim
É aquela agonia inexplicável até o efeito passar...
Um profundo sentimento de desamparo, vulnerabilidade, arrependimento, desespero, impotência e inadequação à existência, que dura horas até que ela vá embora...
Algumas coisas valem a pena pelo prazer causam, mas não valem pela dor paralela, numa ambigüidade que beira ao suicídio daqueles que não suportam o tempo determinado de sua vingança, é como se ela não quisesse ser usada, ou quisesse estar ali para sempre..
Não sou leviana, não engano ngm, as pessoas se enganam comigo, minha essência é clara e límpida como uma água tônica. Sou individualista mesmo com esta vida boêmia ou estando com a casa cheia, as vezes preciso muito da solidão, as pessoas que amo não entendem que eu posso amá-las sem estar sempre presente. Sou calada, reservada, as vezes passo por arrogante, quando bebo sou bastante sociável, quando não bebo sou uma ostra. Falo pouco, escrevo muito. Observo, observo obsessivamente, as vezes fico parada, inerte, obtusa, até tomar um tapa e ser chamada de autista. Leio bastante e entendo alguma coisa, passo por inteligente, mas minha carência erudita é colossal e minha exigência me faz muito mal. Falo com quem gosto e quem não gosto eu nem cumprimento, odeio convenções, não tenho educação nenhuma, não sei comer com mais de dois talheres, no entanto a classe me é intrínseca e meu português é correto. Eu ando como uma bailarina, eu olho nos olhos, intimido, as pessoas não imaginam o que eles dizem. Eu falo como sentisse dor, mas sinto indiferença na maior parte das vezes, embora, minha sensibilidade seja o que há de maior em mim, eu choro fácil por coisas que as pessoas ignoram, eu ignoro a maioria das coisas que chocam as pessoas. Eu me apaixono fácil e no dia seguinte estou enjoada, meu amor pertence aqueles que conseguem me suportar, eu sou uma mente em conflito ou uma mente certa em conflito com o mundo errado, alguém que não se achou nesse mundo mas dissimula perfeitamente, uma mulher muito precoce e madura que as vezes chama pela ruivinha que apanhava e pedia mais, depois chorava escondida..