Daya Souza

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⁠Limites
Minhas mãos deslizam sobre o tecido leve
De cetim, seda e poliéster
Na minha pele remendada
Se tais contornos que lembram a falha nas placas
Também é limite a minha alma vinda do Himalaia
Não pense que eu esqueci
Do seu riso detalhado
Agora que está marcado em mim
Toda a vasta natureza para ti
Suprema e delicada,
Todos os limites, cânions e vales são para ti
Águas quentes e vales verdes
Verdes piscinas e grutas douradas
Se banhe nessa água
Que para nós poetas foi dada
Lábios úmidos e suspiros
Beijos rápidos e gelados
Feitos de livres ventos e amassos
Dedos deslizam sobre o tecido
Do seu coração remendado
Em transe