Danyllo M. X.
Amor
Se o amor espera,
Porque a carne se entrega?
Se o amor é uma virtude,
Porque a carne se ilude?
Se o amor é um dos melhores sentimentos,
Porque sofremos?
Talvez de tudo isso podemos dizer:
Amor entre nós seres humanos não existe
Apenas o enfatizamos para que se exista
E com o passar do tempo aprendemos,
Aprendemos que o amor é só ilusão,
Ilusão que se transforma em solidão.
Tudo o que se transforma,
Com o tempo se acaba
E logo queremos renovar
Renovar com um novo amor
Pra esquecer o que já passou.
Decepção
Me decepcionei repreendendo um amor,
De tal forma tão egocêntrico o ironizei.
Me decepcionei com a ilusão desse amor.
Que nem ao menos em seus olhos olhei.
Me decepcionei com a canção desse amor,
Que melódico, impulsionava – me ao deserto,
Me decepcionando com o tom desse amor.
Porque foi que me decepcionei então?
Se iria eu no futuro decepcionar – me
Me decepcionei por me cingir
Me decepcionei por deixar fluir
Me decepcionei por me ferir
Me decepcionei por ser sincero
Me decepcionei por ter sido sério
Pois com a decepção aprendi
Que me decepciono até com a decepção
Expressar o que se sente,
Restaurar o que se pressente,
Acomodar – se na esquina,
Para jogar na quina.
Os pensamentos vão e vem
E a partir de sempre, continuo a me decepcionar
Coração
De interesses passivos e coordenados
Vives em mim, pulsando sem ceder.
Quero de ti, não sentimentos avassalados
Em uma triste solidão, querendo se esconder.
Você apareceu tão de repente
Quase bagunçou minha mente
Fiquei um pouco tão eloquente
Quanto às ondas no ocidente
Gostava de imaginárias criações
De me divertir como criança
E ao seu lado já amadurecia
E de voltar não perco a esperança
Eu sabia naquele momento
Que do futuro não tinha ideia
Preocupava-me, pois nesse momento
Não entendia tal prosopopeia
Fiquei perdido na mente
Onde a esperança já dorme
Um impetuoso emergente
Que hoje, deixaste-me a ermo.
Na magia do amor
Na magia do seu olhar
Perco-me naquele sol
Esclarecerei então pra você
O que não pude esquecer
E na magia do seu sorriso
Sem perceber de tal magia
Que para mim era uma pura ironia
Deixarei escapar tal medo
Perguntei então a um doutor
O que há no amor?
E de maneira cingida
Dizia-me, é uma pura magia
Entendi então meio ironizado
Que o amor não se é abstrato
Que apenas caminha ao seu lado
E para o ser humano é eternizado
E na magia do amor
O ódio se torna um doutor
E aos seus olhos não se manifesta
Sente – se no coração, é uma festa
O sol irá brilhar para você
Só não se esqueça de me ver
Pois também preciso de você
Sentimentos
Em uma bela noite
Que me lembro de generoso
Um profundo sentimento sentiu
Era bondoso e um tanto impetuoso
Não sabia o que iria acontecer
Mas sabia que iria sofrer
E dentre várias coisas
Tenho certeza que uma aprendeu
Aprendi a chorar de verdade
E logo disfarçar-me a alegrar
Será que é pecado falsidade
Apresso – me a parar
Já não tenho tanta razão
Como á noite, teve essa paixão.
A inteligência está na mente
E não em uma grande sensação.
Ando tão feliz agora
Toda a mágoa foi embora
Pressinto em um destino
Que és suave como um hino