Danilo de Oliveira e Silva
De costas é uma menina
Já pela frente, eu reconheço
Ela é verdadeiramente mulher
Sorriso Meigo e Aberto
Sincera calma, e amor nos olhos
Já duvidou que eu vou ao Rio
Mas se até o Redentor me conhece ...
É a fisionomia do por do sol sem azul
Alegria sem se conter o desejar
Desejar sem se conter a alegria
Conter mas alegrar o desejo
Uma vez é muito menos
Falar sem esconder a calma
Ela é luz transbordando em alma
Ela é cor revelada em paisagismo
Véu da noite banhado ao claro luar
Contra reflexo mergulhando num espelho
De mais profunda belezura
É o desperte carinhoso da manhã
Toda beleza planejada em um ser
É a matéria calculada em decrescia
É o pleno em encaixe simétrico
O poema mais fino e delicado
Ao poeta declamar.
O sorriso dela me prende
Quando me olha, me faz tremer a base, mas só ela me entende
O seu olhar tirando do sério, na boa, fazendo cara de mistério
Me congela mas não mata, assusta, mas não apavora
E eu perco o sono, lembrando qualquer besteira a qualquer hora
O seu sorriso, mastigando por inteiro o meu corpo
Queimando os meus sentidos, fazendo mãos e braços
Eu perco a compostura, e o nome dela eu nem consigo lembrar nessa hora
Só você me deixa e me livra desse medo que me apavora
E eu fico olhando ela pela imagem das janelas de vidro
Tentando pensar em como, em quando, em onde
Como eu faço pra te olhar nos olhos sem medo
Quando eu posso parar de te imaginar em segredo
Onde eu fico a imaginar essa história no meu pensamento
E quando você estiver perdida, vez após vez eu te encontrarei
Se você cair, eu te darei a mão pra te levantar, seja o tempo que for