Danielle Trindade
Dor,
Eu sinto dor
Culpa do Amor
Medo,
Também sinto medo
Culpa do receio
Receio da dor
Mas, no fim é tudo culpa do amor.
Por que não existe amor sem temor?
Roubaram-me o sorriso
E entregaram-me a tristeza
Arrancando toda essa beleza
Que tanto preciso
Hoje conheço a dor
Atormenta minha'alma
Tira minha calma
E mina todo o amor
Já chorei por hoje
Por algo sem valor
Já sofri por nada
Feridas de um agressor
Escrevi textos coibidos
Busquei algo do meu íntimo.
Mas, nada faz sentido
Calei quando quis gritar
Chorei sem poder solucionar
Debalde procura preencher tuas horas. Mas, é preciso ter alguém que lute pelas tuas horas. Não obstante aquelas horas ingratas, estas se fazem melhor quando alguém deseja fazer parte delas. Mesmo que sejam horas infelizes e ingratas.
Não gosto de ver o seu passado
Pelos cantos espalhados
Parecem histórias inacabadas
De uma antiga balada
E, ainda questiona os meus medos
Com um certo desprezo
A lua tentou imitar o brilho dos teus olhos
E a brisa procurou roubar o espaço do teu abraço
E quando o mar percebeu a minha solidão
Queria carregar o meu coração
E você era o espinho encravado
Ferimento nunca curado
Corpo estranho no meu peito
Arrancado pelo desespero
Espero que eu tenha deixado uma marca em teu peito
Marcado assim com esse conceito:
Não de alguém que te amou
Mas, de alguém que em ti acreditou.
Sim, eu quero escrever!
Mas não sei o que escrever...
Deixo aqui o vazio que se encontra em minh'alma
O que eu quero?
... Encontrar um amor no caminho
Seguido de um olhar mais ousado
Com um sorriso bem pertinho
Depois um beijo molhado