Daniel S Rocha
A vida é uma eterna senhora de oitenta e poucos anos, sentada á porta de casa, num banquinho de tábuas mal pregadas e maltratadas pelo sol e pela chuva, com um punhado de linha e uma agulha de tricotar nas mãos enrugadas. Todas as manhãs e fins de tarde se distrai a observar sua platéia que faminta pelo prazer e pela necessidade infindável do “ter” transita em suas vistas, sem muitas vezes notá-la ali presente todos os dias.
Mergulhado no opróbrio, o mundo segue assim...
Todos fingem que amam...
e todos fingem ser suficiente isso.
E a verdade...
ah ! a verdade se esvai sem que ninguém tente segurá-la.
Até os dias ruins são fundamentais no aprendizado da vida... eles nos ensinam que existem momentos, coisas e porque não dizer "hábitos" que devemos abandonar definitivamente, para assim nos tornarmos melhores. Não lamentemos os dias maus, nem o que fizemos nele... eles são como a chuva, cai pra todos, uns molham-se mais outros menos, mas todos estão debaixo dela.