Daniel Mota Vieira
A vida humana é um caminho traçado entre inúmeras peripécias, acertos e erros, ilusões e desilusões e um dos requisitos para desfrutá-la bem é buscar conhecer a si mesmo.
O tempo é efêmero... Muito passageiro... E como aproveitá-lo da melhor forma? Apenas escolhendo o melhor para si. Estamos condenados à liberdade e apenas as escolhas são capazes de nos conduzir aos melhores caminhos, à satisfação.
O que nos resta é apenas optar, nada mais, pela liberdade de opção construímos a nossa vida e assim moldamos um exemplo para o mundo.
Podemos encontrar diversas definições para a palavra “Filosofia”: filosofia de vida, filosofia familiar. Mas o filosofar é uno em sua definição e todo filósofo e, assim, todo estudante, além de saber dos seus procedimentos, deve procurar se aperfeiçoar sempre, para melhor fazê-lo.
Einstein propôs a Teoria da Relatividade em Geral e Restrita, na Física Moderna, e a Filosofia propõe a investigação da relatividade dessas teorias.
Enquanto a Física diz que a 1ª Lei de Newton é o princípio da inércia, isto é, todo corpo permanece em movimento retilíneo uniforme ao menos que uma força aja sobre ele, a Filosofia vai até a estrutura deste conceito e investiga suas possibilidades dentro de um mundo de contrariedades e contingências em que vivemos.
Assim como todos os corpos estão sujeitos à lei da gravidade no mundo físico. Nós também, numa perspectiva existencial, estamos sujeitos à liberdade: somos livres, somos tudo aquilo que fazemos de nós por meio de nossas opções.
Assim como na 3ª Lei de Newton para toda ação há uma reação, para toda escolha há uma consequência e viver é se equilibrar entre elas.
A angústia é uma oportunidade excelente para o ser humano: ela o faz reconhecer a sua condição de condenado à liberdade e o faz seguir em frente, pois tem a capacidade de nos fazer lançar a contra-angústia.
A Física estuda os movimentos dos corpos sensíveis e diversas relações entre eles, já a Filosofia investiga a concepção de movimento (o que é movimento?) e verifica as possibilidades dessas relações confrontando teorias.
A arte de bem-viver não é estabilidade, é equilíbrio: se equilibrar entre as escolhas e as consequências também encarando a facticidade.
Uma lembrança do passado traz diversas situações vivenciadas e nada pode modificar o contexto que lembramos, visto que o passado está em fenômeno (Em-si) e não pode ser alterado. A nossa oportunidade de se engajar é agora, no presente e se o passado não foi o esperado, construirmos um futuro melhor.
Diferentemente dos objetos, somos desprovidos de causa final ao existir e apenas os nossos atos por via da liberdade de escolhas a que estamos condenados nos construirá e assim moldará uma imagem de ser para o mundo.
O estranhamento diante de si e do mundo não pode nos deixar estáticos: tem que nos conduzir a desbanalizar o banal descobrindo fatores importantes em algo que até mesmo nós não dirigíamos atenção. Aí está uma aplicação da Filosofia.