Daniel Kahneman
O que aprendemos com o passado é maximizar as qualidades de nossas futuras lembranças, não necessariamente de nossa futura experiência. Essa é a tirania do eu recordativo.
Por que damos ouvidos a fofocas? Porque é muito mais fácil, além de ser muito mais prazeroso, identificar e classificar os erros dos outros do que reconhecer nossos próprios erros.
Há uma limitação desconcertante de nossa mente: nossa confiança excessiva no que acreditamos saber, e nossa aparente incapacidade de admitir a verdadeira extensão da nossa ignorância e a incerteza do mundo em que vivemos.
Inteligência não é apenas a capacidade de raciocinar; é também a capacidade de encontrar material relevante na memória e mobilizar a atenção quando necessária.
Tirar conclusões precipitadas é eficaz se houver grande probabilidade de que as conclusões estejam corretas e se o custo de um ocasional erro for aceitável.
Quando as pessoas acreditam que uma conclusão é verdadeira, também ficam muito propensas a acreditar nos argumentos que parecem sustentá-la, mesmo que esses argumentos não sejam confiáveis.
Nada na vida é tão importante quanto você pensa que é quando você está pensando a respeito.
Nossa reconfortante convicção de que o mundo faz sentido repousa em um alicerce seguro: nossa capacidade quase ilimitada de ignorar nossa própria ignorância.
A ideia de que o futuro é imprevisível é solapada diariamente pela facilidade com que o passado é explicado.
Podemos ficar cegos para o óbvio, e também somos cegos para nossa própria cegueira.
A confiança que os indivíduos depositam em suas crenças depende principalmente da qualidade da narrativa que podem contar acerca do que veem, mesmo se veem pouco.