Daniel Horas
Cerveja: Um portal brilhoso para a escuridão
Ceva, birra, loira gelada, breja, canjibrina, cervejota, suco de cevada, remedinho gelado, canela de pedreiro, nuvem engarrafada, Estupidamente gelada; São muitos os apelidos, geralmente carinhosos para não espantar o freguês e esconder os seus malefícios que começam a aparecer somente vários anos depois do primeiro gole.
A estatística do mercado de cerveja coloca o consumo por media de consumo individual para não assustar seus principais consumidores, classe media-baixa, coloca por baixo com relação a outros países sugerindo que se precisa consumir mais, como se mais de 100 bilhões de litros anuais não bastasse para embebedar o senso de contextualização do pobre brasileiro.
A cerveja não assume o papel de responsável direto pelos problemas com as drogas e o alcoolismo do Brasil, más certamente esta sendo a porta de entrada para a grande maioria de todos eles.
A geração anterior certamente se lembra de quando a mídia brasileira associava o modismo com o consumo de Álcool e cigarro, porém, com o passar dos anos, a própria mídia divulga os malefícios do cigarro por causar um maleficio direto, ao mesmo tempo, divulga os “benefícios biológicos” da cerveja e a coloca no time das “mocinhas”.
Dados econômicos da ONG ACT - Aliança do Controle do Tabagismo detectou em 2011 que os gastos somaram quase R$ 21 bilhões para tratamento dos males causados pelo cigarro, 3 vezes mais o que o governo arrecadou com o seu imposto. Tonou-se muito mais barato e viável para o governo ser contrario ao uso do fumo, enquanto que a cerveja assume o sinônimo de alegria do brasileiro.
Não encontrei um estudo que menciona o consumo de cerveja entre os menores de idade, isso fica escondido da mídia porque “e proibido o consumo de bebida alcoólica por menores” más se sabe que é bem mais do que se imagina, certamente seria uma estatística assustadora; Sabe-se, porém, que a sociedade brasileira criou o habito cultural do consumo de cerveja sob a forma de “diversão”.
O inicio dessa “diversão” em festinhas, bares, danceterias e boates foi o portal de entrada para o que conhecemos e constatamos hoje entre os adolescentes, Constatações estas, por sua vez, são apenas a ponta do iceberg do processo de contextualização e de ações educativas, visando a formação de conceitos a cerca do EU e de como me planejar junto ao meu meio. Isso passa pela compreensão de como estão sendo manipulados os sistemas de politica, economia e religião do país, que, de acordo com: Os Indiferentes de: Antônio Gramsci:
“São sujeitos com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural”.
Nessa perspectiva, arrisco a hipótese do aumento do caus do EU no País que se sabe, mas não se Pode; Alimentado pelo circo do futebol e o pão da cervejinha. E aí, vamo tomá uma Brother ???
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