Daniel Ferreira Gambera

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Generosidade (Para quem esqueceu de si mesmo)
por Daniel Ferreira Gambera - daniel_gambera@hotmail.com

Você descobriu que a generosidade é necessária para se viver bem, para que o mundo responda bem a você. Você decidiu, então, ser generoso. Fez muito para todos, sacrificou-se, ajudou a todos, suportou irresponsabilidades, suportou sofrimentos para que outros ficassem confortáveis, suportou injustiças para que outros ficassem tranqüilos, viveu misérias para que outros se sentissem validados... Por quantos anos? Por quantas décadas? Por quantos séculos?

Olhe para você e veja: o que você conseguiu com sua suposta generosidade? Aqueles por quem você se sacrificou, hoje desprezam o seu despreparo. Aqueles a quem você ajudou, hoje continuam lhe pedindo coisas que eles mesmos poderiam realizar. Aqueles por quem você suportou sofrimentos, hoje estão insensíveis e perdidos, sem as lições que você tirou deles. Aqueles por quem você suportou injustiças, hoje seguem errados, pois foi essa a medida que você lhes deu: que o injusto é justo. Aqueles por quem você viveu misérias, hoje o reconhecem como um estorvo... O que, de certa forma, você realmente se tornou.

Mas, tranqüilize-se! Isso tem conserto, basta você compreender um pouco melhor essa tal de generosidade... Quando você se dispôs a ser o “pai ou mãe dos coitados”, assumiu que há pessoas que são mais do outras... Pois quando você foi o “pai” deles oficializou-os na condição de inferiores. Você nada mais fez do que fortalecer a ilusão... A ilusão de que as pessoas não conseguem resolver seus problemas por elas mesmas... A ilusão de que o que nos acontece não possui um significado espiritual mais profundo e que, por isso, não precisamos aprender com essas experiências. A ilusão de que a injustiça humana é mais forte do que justiça divina. A ilusão de que um mal pode curar outro...

Assim, se você quiser ser generoso de verdade, comece mudando a forma como vê as coisas... Não se sacrifique pelos outros... Fazer isso é uma declaração de arrogância, é não reconhecer que você é igual a todos e se julgar superior. Ajude com incentivos, se puder, para que a pessoa descubra em si a força para resolver seus problemas... Não os resolva por elas...

Não há mérito em não cuidar de si. Isso é um mau exemplo que, quando seguido, somente faz aumentar a população dos sofredores. Não valorize a miséria; antes, procure a abundância, a plenitude, para si e para outros. Pois quando você cuida de si, garante que ficará sempre bem e não se tornará, no futuro, alguém que de tão descuidado ficou numa situação lamentável e que necessita de grandes quantidades de recursos e energia dos outros para viver.

Quando você se fortalece, quando cuida de seus próprios negócios, quando se cuida bem, você dá inspiração às outras pessoas. Você, naturalmente, faz bem às pessoas que te fazem bem, ao teu círculo de convivência. E essas pessoas, por sua vez, farão bem a outras e assim por diante. Você se enriquece de bons pensamentos, de boas oportunidades. Você fortalece sua vontade, sua consciência, sua espiritualidade. Tanto que até pode acabar ajudando direta ou indiretamente, outras pessoas desconhecidas. Mas, o mais importante, é que você está desfazendo a ilusão...

Lembre-se: a sua felicidade é importante, assim como é importante a felicidade dos outros. Mas, só você é responsável por você... E você é só responsável por você e mais ninguém...

Ajude aos outros, sim! Com sabedoria e comedimento. Compreenda: cada um é soberano de si mesmo... Então, seja generoso, para reconhecer que a miséria, o sofrimento e a dor têm solução específica para cada pessoa e que você não tem a menor idéia de qual seja a lição que cada um tem que resolver... Com toda a sua dedicação, certamente, você conseguirá entender qual é a SUA própria lição e resolver o problema. E, surpreendentemente, quando você resolve os seus problemas, você estimula e facilita aos outros a fazerem o mesmo por eles.

Seja generoso: reconheça e favoreça a força e o potencial que há em você e em todos. Seja generoso: reconheça que o Universo é justo e que as pessoas, em essência, são divinamente concebidas, possuindo dentro de si todo o potencial para proverem todas as suas necessidades, sejam elas financeiras, emocionais, físicas, etc. Só compete a cada um de nós agirmos como facilitadores para que esse potencial se manifeste com toda a sua força, tanto nos outros, como em nós mesmos.

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Inserida por lyne-sena