Cyro dos Anjos
Cyro dos Anjos nasceu em Montes Claros, Minas Gerais, no dia 5 de outubro de 1906. Fez seus estudos primário e secundário em sua cidade natal. Em 1923 foi para Belo Horizonte a fim de estudar Humanidades. Em 1927 iniciou-se no jornalismo. Em 1927 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Durante esse período, trabalhou em diversos jornais e ingressou no funcionalismo público.
Depois de formado, Cyro teve uma rápida passagem no foro de Montes Claros, mas desistiu da advocacia. Retornou a Belo Horizonte e voltou ao jornalismo e ao serviço público. Estreou na literatura com a publicação do romance “O Amanuense Belmiro” (1937), que figura na lista dos melhores textos de ficção do século XX. Em 1945 publicou “Abdias”, com a mesma tendência analítica e introspectiva, em que também a fórmula do diário intensifica as nuances líricas e reflexivas do escritor.
Cyro dos Anjos Lecionou Literatura Portuguesa na Faculdade de Filosofia de Minas Gerais, entre 1940 e 1946. Nesse mesmo ano, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a exercer cargos na Administração Federal. Em 1952, a convite do Itamarati, ministrou um curso de Estudos Brasileiros na Universidade do México. Em 1954 foi transferido para exercer o mesmo cargo na Universidade de Lisboa. Nesse mesmo ano publicou o ensaio, “A Criação Literária”.
Em 1955 retornou ao Brasil. Em 1956 publicou “Montanha”, um romance político. Em 1957 foi nomeado subchefe do gabinete civil da Presidência da República. Em 1960 mudou-se para Brasília, na função de Conselheiro do Tribunal de Contas. Foi um dos fundadores da Universidade de Brasília, onde coordenou o Instituto de Letras. Em 1969 foi eleito para a cadeira 24, da Academia Brasileira de Letras. Em 1976, de volta ao Rio de Janeiro, passou a ministrar o curso de “Oficina Literária”, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1979 publicou “A Menina do Sobrado”. Faleceu no Rio de janeiro, no dia 4 de agosto de 1994.