Cristina Machado
Eu não preciso de muito para ser feliz não.
Muitos acham que sim. Às vezes as pessoas me confundem com um ser exagerado, dramático, uma pessoa que realmente não tem noção das coisas. Mas acho que nunca pararam para conversar comigo. Sei que é um pouco auto-bajulação se entitular de alguma coisa, mas hoje, no fundo da minha alma, sei que sou uma pessoa profundamente humana. Do latim humanus, bondoso e compassivo. É, acho que realmente posso me afirmar como uma pessoa humana. Tento ser aquela pessoa que está ali para te ajudar, que mesmo vendo muitas injustiças ainda percebe o quanto aquela pessoa te fez bem um dia. Que lembra do passado, porém erra ao sempre ser tão passional, motivada pela paixão e pelo amor. Mas quem nunca errou por amar demais? Bom, vou voltar a falar de mim. Acho que esse texto tá ficando um devaneio só.
Eu não sou mais melancólica, a melancolia afastou as melhores pessoas da minha vida. São poucas as coisas das quais eu me arrependo, e uma delas é ter dado as costas pra vida, ter tentado desistir do bem mais precioso que eu tenho.
Eu posso ser dramática, exagerada, sim. Mas não posso ser acusada de que nunca tentei algo. Eu me arrisco, eu vou a fundo, eu me doo por completo e por mais que isso possa ter me machucado muito, um dia eu pensarei e lerei no meu caderno de ideias todas as loucuras que vivi e que me permiti intensamente.
Hoje eu sou feliz, eu sou feliz por mim mesma, não coloco mais minha felicidade em cima de ninguém. Vivo cada dia que passo e vejo que o tempo curou minhas piores feridas. Fico feliz de poder ter amigos ao meu lado, de ter uma família nem sempre tão perfeita, mas que está ali.
Eu me permito à sorrir. A gargalhada que Deus me deu, por mais que não seja perfeita, é aquela que meus amigos fazem de tudo para ouvir.
Eu me permito a falar. A voz que Deus me deu, por mais que não seja a de melhor entonação, é aquela que meus amigos fazem de tudo para escutar.
Eu me permito à vida.
Por que não fazes o mesmo?!