Cristiane Bello
Sinto falta da presença
de amigos e relembro
a minha infância querida!
Sinto falta de humanidade,
de alianças feitas ao longo da vida
em que a história tomou rumos diferentes,
mas, desculpo! A vida ensina...
sinto falta, daquelas reuniões, muitas vezes comoventes
com pessoas sinceras, amigas e brincalhonas que gargalhavam aos quatro cantos da casa,
mas me refaço entre caminhos,
mais saudáveis, mais solidários, mais bacanas e mais humanos
por que sou assim, dona de mim, perfumada de mim
amiga, amorosa, corajosa e adoro esbanjar charme
Não saio da porta da rua, sem um batom nude
e quando resolvo ousar... é pra valer!
Teimosa! Adoro uma comida apimentada, daquelas que só em botar na boca, a lágrima vem aos olhos e sabendo disso, como mesmo assim... TEIMOSA!
e assim sigo a vida revendo conceitos e verdades...
Driblando as pedras, caindo, levantando, construindo e abrindo portas
As vezes sinto falta...
das pessoas queridas que se foram...
Que bem da verdade, de tempo em tempo, moram em meu coração!
Mas, sigo a vida que ensina que fascina, e que entra em cena nos primeiros piscar dos olhos.
“Todo dia é dia de levantar, sacudir poeira enfrentar a vida e dar volta por cima!”
Cristiane Bello
O difícil pode tornar-se mais difícil, para aqueles que não pensam na possibilidade do fácil, e o fácil pode tornar-se mais fácil, quando não houver possibilidades de dúvidas, mas elas nos perseguem...
Qualquer expressão perde-se o valor
diante da expressão do olhar.
o olhar diz, o olhar cala, o olhar desperta , o olhar abala.
As pessoas se amam, se querem e se falam.
e os olhos sentem o que a expressão não cala.
Pingo d' água
na torneira lá de casa.
Pouca água nos mananciais.
Não quero ver guerra na vida da gente!
Paradoxo na beira do cais.
Planeta Terra
Perdendo identidade,
seca documentada de cidade a cidade
Água no olhar
gotejando sem parar
Consciência!!!
Lave nosso pensar.
Bellas, arretadas... de se ver
Bellas, arretadas e do mar
Bellas, arrretadas... de se ler
Bellas, arretadas pra voar...
Entrelinhas
Uma flor jamais será a mesma
em ocasião amor em outra dor
A lua em si, jamais será a mesma
em ocasião paixão em outra solidão.
O pôr do sol jamais será o mesmo
para uns beleza, para outros tristeza.
Jamais o belo será sempre belo,
Jamais as palavras serão sempre as mesmas,
Jamais a poesia terá o mesmo valor.
Terá o mesmo calor ou a mesma frieza.
Cristiane Bello
Chega de tv
Deixei os versos caírem no chão
Parei pra pensar na situação
Corri pra tv pra ver o nada passar
e todo nada era fatal
Deixei as rimas morrerem de mal
Os bandidos pularam o muro e os heróis pularam também
Um atrás do outro para se perderem
A poesia pulsa devagar
Chega de te ver, chega de tv.
Cristiane Bello
