Cris Paulino
Amo tanto a liberdade. Amo falar o que penso e amo pensar antes de falar. E amo o direito de ser julgada por tudo que faço e falo.
Gosto de dar a cara, gosto de impor, peitar com todos os argumentos que tenho. Mas não gosto de discutir. Não gosto de tentar provar para alguém que sou ou estou certa, detesto convencer, ser convencida de algo. Não gosto de nada forçado, nem simpatia, nem amizade, e muito menos prazer. Não acredito em certo e errado. Acredito em satisfação. E tenho muita satisfação de transbordar quem sou, assim, sem limites.
Ah, não precisa concordar sempre comigo. E quando discordar de minhas ideias, continuarei admirando sua autenticidade.
Se eu não me apaixonar, não perco tempo, não desgasto batom e nem rímel.
Se eu não me apaixonar, não faço questão do sim e nem do não.
Se eu não me apaixonar, não serei convencida e muito menos me contentarei com pouco.
Ahhh, mas se eu me apaixonar, mergulho, me jogo e entro no jogo.
Não vou mergulhar nas juras falsas de amor e não desejo alimentar falsas expectativas. Quero prometer e cumprir, abraçar até não ter mais força, ligar só para ouvir a voz, ser surpreendida por uma ligação, e jamais dormir com o telefone na mão.
Quero sentir as mãos, a respiração e toque dos lábios nos meus dedos.
Quero ter notícias durante a tempestade e o eterno conforto da certeza que tudo está bem.
Que os meus dias não sejam em vão, que cada espera tenha uma chegada e que cada partida tenha uma volta.
O que pouca gente sabe é que sou uma manteiga derretida. Choro por tanta coisa. Choro quando estou triste, quando estou feliz, quando vejo alguém que amo se dando bem na vida, choro por ver um estranho sofrer. Sempre choro. Mesmo que por dentro. Mesmo que o choro seja engolido e transformado em nó na garganta. E como choro. Muitas vezes sem pudor, tantas vezes até soluçar. Choros com sorrisos, choros com aperto. Mas ultimamente eu só tenho chorado por alegria... E graças a Deus, sou grata por isso...
Vou parar antes que eu chore de novo.
O tempo esfriou e com o tempo, esfria.
Para o tempo frio, o cobertor; para o frio do tempo, o lamento.
Eu procrastino a tristeza. Tenho preguiça em pensar no que me fez mal e depois ter que chorar, lavar o rosto e tal...
Amanhã eu choro. Mas amanhã também direi o mesmo.
Experiências ruins nos deixam com muito medo. Mas, devemos usar as experiências boas para sermos otimistas!
Eu ainda prefiro a masmorra a ficar agradando todo mundo. Minha insanidade pra mim é real e me abriga.
Preconceito é julgar sem conhecer. Mas se a gente conhece e mesmo assim não gosta, não é preconceito, e sim, opinião. E isso tem que respeitar.
Eu não sou fumante, só quero um cigarro; Eu não sou alcoólatra, só quero mais uma dose;
Eu não te amo, só quero que fique o resto da vida comigo.
E mudou tanto para agradar a namorada, que um certo dia ela largou dele por ele não ser mais o mesmo.
Quando a saudade bate e não machuca mais, sinal que temos superação à vista. Ah, tempo, meu amigo tempo.
Gosto de pessoas que falam o que pensam. Esse negócio de decifrar é muito chato. Ficam de cara feia, cheio de mimimi e não fala o que tem!
No jogo da vida, eu sou aquele time que é eliminado com um gol do adversário nos 45 do segundo tempo.
Se apaixone por alguém, que além de gostar de jazz e Pearl Jam, também peça pra você ficar mais um pouquinho.
Sou romântica, mas não sou daquelas que se apaixona fácil. Posso até me encantar muito no começo, mas o maior desafio é me manter encantada por muito tempo.
Tudo fica previsível.
O previsível me cansa.
Vontade de ser como o vento e abraçar tudo que vejo de bom...
Pena que sou uma só e uma pobre mortal que dorme 5 horas por dia e ainda assim, não é o suficiente, nem para dormir, nem para fazer tudo o que gostaria.
Não dou conta de tanto sentimento extremo. Ora apaixonada pela vida, ora uma rebelde sem causa.
A crise dos vinte e poucos anos me deixa metade adolescente confusa, metade mulher decidida.
Por um momento vejo os homens incrivelmente conquistadores, mas na maioria das vezes os acho tão clichês. Mas mesmo assim, nada me convence o suficiente.