Codinome Naftalinne
Meu mundo em preto e branco
Eu, minhas lembranças e alguns cigarros,
Somente alguns poucos cigarros.
Queria poder aniquilar tudo isso,
Queria que o tempo reconhecesse
O seu lugar.
É arriscado viver de passado,
É noite, e tudo é presente novamente.
Minhas lembranças me desnorteiam,
Norteiam, “teiam”...
Levam-me para o lado errado,
Ou pior...
Para lado nenhum.
Debato-me entre
Meus pensamentos. Tento me impor...
Meus impulsos parecem ser mais fortes.
Pago caro por algo que de alguma forma escolhi.
“Foi a vida que me fez assim”, disse ele,
“Não aprendi a ser de outra forma”, continuou.
Como não ser tão intensa?
Tensa, densa...
Como enxergar o mundo exclusivamente em preto e branco?
Vejo uma infinidade de cores, como
Contentar-me exclusivamente com o preto e branco?
A solidão me confunde,
Atormenta-me.
Ilusão, solidão, confusão,
Fusão... solução!
A solução se confunde,
A solidão me consome.
Eu só...
Eu e meus pensamentos,
Tormentos...
Meu mundo em preto e branco.
naftalinne@gmail.com
Hoje to assim e depois ninguém sabe.
Nem eu
Um dia podia me imaginar assim.
To bem eu já disse,
Sou assim mesmo.
Danço até extasiar,
Até desmaiar.
Falo até me enrolar,
Mas agora me deixa,
Ou melhor, não deixa,
Só entende
O que me faz feliz.
Bipolar? Não.
Multipolar!
Entenda,
Eu simplesmente sou assim.
Mil faces, eu já disse,
Todas as faces.
Não me agrada a inércia,
Gosto de novidades, anseio o movimento.
Acha-me parada?
Então com certeza não me conheces.
Mal sabes a correnteza existente em minhas idéias,
Não conheces a metamorfose que invade os meus sinais vitais
E retira o meu fôlego
É muito maior, muito mais forte, que tudo isso
Repito comigo:
Quem errou? Fui eu?
naftalinne@gmail.com