Clóvis Antonio da Silva
Não quero jamais parecer indelicado. Eu sei o que eu quero , mas não sei o que você quer.
Já faz muito tempo que estou adotando como filosofia de vida o “conheça – te a ti mesmo”.
Eu sofri muito nos meus relacionamentos – justamente – POR NÃO ME CONHECER e por não saber ao certo o que eu queria – me deixei influenciar pelas induções sociais que são culturalmente introjetadas no nosso âmago. Hoje percebo que não quero sentir posse por ninguém, assim como não queria ser objeto da possessão e obsessão do outro. Não quero ter que fazer uma coisa que eu não quero fazer ou deixar de fazer uma coisa que eu quero em virtude de um relacionamento ou para não contrariar uma outra pessoa.
Da mesma forma, não queria que outra pessoa asfixiasse seus desejos e projetos por mim.
Relacionamentos pressupõe – tão somente - obrigações e não direitos.
Sinto falta – as vezes – de carinhos , afetos , afagos diálogos , mas não deixo que estas faltas definam quem eu sou ou se traduzam em carências ou dependências emocionais (pelo menos hoje , não mais).
É por isso que , por opção , aceito -sem muitos remorsos- os meus dias e as minhas noites de solidão.
E estou moderadamente e relativamente bem assim.