Cleyton Fernando
OCEANO DE MEDOS
Queria poder expressar tudo o que estou sentindo por você nesse exato momento, mas acho que nem todo o papel do mundo daria conta do recado. Não sei ao certo se é bom ou ruim o que estou sentindo por você, mas tenho quase certeza que tem um pouco dos dois aqui dentro. Nem que seja lá no fundo o mau e no início o bom ou vice e versa. Mesmo sabendo que existe esse sentimento, aqui, dentro de mim. Não sou capaz de expressá-lo por medo. Medo de não ser correspondido talvez, medo de ter a iniciativa, enfim, medo de tentar, eu tenho, eu sei. Sou medroso, quando se trata de sentimentos sou. E muito. Mas está bom, vou ficar me afogando nesses meus sentimentos tão profundos quanto o oceano atlântico. É o jeito. Porque dessa vez o medo encobriu totalmente a luz da coragem, e não deixou aparecer nem por um instante. Mas é da vida, no meu caso sim. Então, vou voltar a me afogar no meu oceano de medos e tento voltar depois se eu conseguir nadar até a superfície.
O TEU SORRISO, O TEU OLHAR.
O tempo passou,
e continuo aqui.
Ouvindo aquela canção
que me faz lembrar.
Do teu sorriso, do teu olhar.
Que me inspira a escrever,
Me inspira a relatar
o quanto adoro,
o teu sorriso, o teu olhar.
Só isso que queria dizer,
Expressar
Escrever
Gritar...
Que eu adoro.
O teu sorriso, o teu olhar.
NA MINHA CAMA
Nossa, era tão bom quando eu chegava do colégio e a primeira coisa que eu ia fazer era falar com você. Saber se você estava bem, se tinha dormido bem, como estava sua vida. Sentia uma enorme alegria ao saber que tudo estava ocorrendo muito bem com você. Mas depois de me preocupar tanto, você, a pessoa que eu tanto amei, me deixou a planar sobre as águas da amargura, continuei deitado na minha cama e pensando como você pôde ter feito isso comigo. Como pode? Tanto que eu me preocupei com você, tanto que eu me doei a ti e não recebi nem uma simples reciprocidade em troca. Só bastava isso, ser recíproco e nada mais, sabe. Mas enfim, como eu já disse: - continuarei deitado na minha cama e pensando como você pôde ter feito isso comigo.
TENHO MEDO
Tenho medo. Tenho medo de não ser o suficiente para você. Tenho medo de você de repente não gostar mais de mim. Tenho medo, porque um dia já aconteceu algo parecido comigo. Tenho medo, dos pensamentos que você possa ter sobre minha pessoa. Tenho medo de continuar tentando. Mas não tenho medo de tentar. Pelo menos não hoje em dia, há uns meses atrás, sim. Hoje, não. Mas o que há de errado em ter medo do que não foi visitado, avistado, tentado, falado, tocado. Tenho medo desses pensamentos, que ora falam sobre mim, ora falam sobre você. Mas não tenho medo, ou tenho? Eis a questão ter ou não ter medo, então. Vou dormir ouvindo aquela canção, que me faz pulsar rapidamente o coração. Paro então de ter medo, por um curto período de tempo, só até ao raiar do sol e a brisa do vento aparecer e me fizer de tudo esquecer.
SEM PALAVRAS
Não tenho inspiração para escrever nada que envolva você. Não tenho palavras, sinônimos ou antônimos para descrever você, descrever o que sinto por você. Estou sem ideias sabe. Desde daquele dia, quando a gente se falou pela última vez quando você disse que queria ir e que não ia mais voltar. Não tenho mais palavras para você. Será que sinto ou ainda penso em você? Nem eu sei (risos). Chega a ser meio irônico, sem noção, ou qualquer outra coisa que não faça sentido. Mas apesar de não saber expressar meus sentimos para você, nem nada do tipo, eu sei que ainda não esqueci o dia que você disse que ia embora para nunca mais voltar. Mas já falei a esse danado de coração que quem manda é eu. Só que ele é surdo e mudo. Percebi isso da pior maneira possível, nunca quis que fosse dessa maneira. Um adeus. Um tchau. E tudo que construímos foi embora, como uma brisa leve passageira em um dia de domingo no campo. Só o que tenho a dizer agora é que: - Eu quero continuar nesse campo em pleno dia de domingo.
INDIFERENTE
Não consigo. Por mais que eu tente e diga na minha mente conturbada que não vou correr atrás de você, eu acabo indo. Acabo falando e ficando no vácuo mais uma vez, e sempre que fico no vácuo, digo que é a última vez que irei chamar você no Whatsapp ou Facebook. Quando passa alguns minutos ou horas, já não consigo aguentar ficar sem saber como você está o que está fazendo, como está sendo o seu dia, perguntas bobas que pra mim fazem uma grande diferença. Sei lá, me importo tanto com você, mas você não percebe já me declarei várias vezes (indiretamente) e você nunca notou. Até mesmo quando me declarei (diretamente) você esnobou, ou não viu, ou fingiu que não viu. Mas eu vou parar, vou parar de correr atrás, um dia talvez, quem sabe um dia, talvez.
SONHANDO ACORDADO, OU NÃO.
Não sei ao certo se é apenas um gostar ou algo mais que estou sentindo agora. Mas tenho certeza de que quando você sorri, eu me esqueço desse gostar e passo a amar esse seu sorriso. Esse seu olhar que me encanta, me cativa por inteiro sabe, desconsertando-me completamente de uma forma que nunca havia acontecido ou se aconteceu eu não reparei. Você pode ter essa carinha de durona, mas o coração é molinho, molinho, como uma pétala de flor do campo. Tento me afastar de você, mas cada vez que abro alguma rede social minha já me aparece uma foto compartilhada ou até mesmo um status que você acabou de publicar. Abro sua foto e começo a delirar imaginando nós dois juntos de mãos dadas caminhando e sorrindo um do outro, aquele sorriso de timidez. Depois caio na realidade e lembro que nem tenho chance. Ou tenho, mas tenho medo de prosseguir, ou não. Será que eu estou apenas sonhando acordado? Nem eu mesmo sei a resposta para essa pergunta. Mas eu queria muito que não fosse apenas um sonho.
ÁGUAS RASAS
Eu oceano, e ela, uma simples piscina de águas rasas. Mas as suas águas rasas escondiam uma profundidade tão grande que quando me dei conta já estava afogado no seu sorriso. Nos seus defeitos e qualidades que nunca imaginei que teria. Dai comecei a lhe enxergar como um oceano, pois percebi que você usava esse disfarce de piscina rasa para ninguém se jogar de primeira, e poder apreciar suas águas só depois de explorá-las. Foi ai que percebi que a piscina realmente era um oceano. Um oceano vasto e majestoso, cujo sorriso era seu ápice de beleza. Foi ali que me deixei levar nas correntezas esbeltas das suas curvas. Maravilhando-me continuadamente com seu sorriso, tão profundo quanto o próprio oceano, que falava mais do que as suas palavras mais singelas. Assim percebi que o oceano era ela e eu a piscina de águas rasas.
ABISMO DO ESQUECIMENTO
Despenquei num abismo profundo. Esse abismo não era qualquer, eram meus sentimentos. Ou os que eu tinha por você. Deixei-os lá, lá no fundo do abismo. Caíram tão rápido quanto uma âncora do maior navio existente. Graças a Deus não gosto de mergulhar, senão eu iria voltar lá no fundo daquele abismo pra pegar de voltar, um dia, talvez... Mas como eu não sei nadar, nem me preocupo com isso. Deixa lá, deixa cair o mais fundo possível no abismo do esquecimento. Nunca achei ninguém que os valorizasse mesmo, então não tem importância mais. Agora, vou me deitar e esquecer que um dia te amei que me doei por inteiro, que um dia você foi meu maior motivo de insônia. Não por te querer demais ou te amar demais, e sim, por me preocupar demais com você e acabei esquecendo-se de mim. Dos meus sentimentos e das minhas noites de sono que ó eram as melhores até você aparecer na minha vida. Mas quem disse que eu não gostei das noites de insônia? Eu gostei mais do que tudo nessa vida. Porque naquelas noites em claro eu sabia que o motivo que eu ainda não dormi era você. Apesar de dormir ser uma das coisas que eu mais amo de fazer, ficar acordado por você era melhor do que dormir, porque não era por mais ninguém que eu estava ali pensativo, apreensivo, preocupado, calado. Era por você e sempre foi por você! Mas naquele dia que eu fui à sua casa e vi você com meu melhor amigo, tudo isso que eu sentia e fiz por você foi entrelaçado como uma âncora vai para o fundo do mar. Os mesmo foram para o fundo do abismo do esquecimento.
SONHO
Sonho
com ela
calado,
acordado,
com ela
ao meu lado,
dois corpos
entrelaçados,
olhos arregalados,
nós dois mortos
de noitadas.
Decisões precipitadas,
assustados,
colados,
orgasmos,
invadi teu abismo
alienado.
Engasgo com
teu passado.
Submerso boio
nas situações acarretadas
do meu ventre ao teu
estou aberto
"arreganhado".
Prossigo no sonho,
"Sim" é o que digo,
suplico beijos molhados,
contatos físicos gelados.
Abrem a porta,
penso que é as tuas:
Grandes lábios.
Foi, assustadoramente,
a do meu quarto.
Sonhei que havias sonhado,
sonhei acordado.
A PRIMEIRA TARDE NO PARQUE
São quase meia noite de um sábado chuvoso e eu não consigo parar de andar pela casa pensando nela. Quando nos vimos pela primeira vez naquela tarde no parque, foi um momento mágico, único e singelo, tudo isso ao mesmo tempo. Começamos a nos falar por acaso e logo bateu aquela empatia gostosa. Você bem tímida e eu muito mais, quase não nos tocamos nesse primeiro encontro. Passamos a tarde toda sentados naquele banco debaixo daquela árvore enorme que mal dava pra ver seu pico. Eu falava olhando pra baixo e quando via que você não estava olhando eu te admirava, até que você se virou de repente e eu, fiquei totalmente sem jeito. Encaramo-nos por alguns minutos sem desviar a atenção pra nenhum lado, e logo em seguida veio aquele sorriso bobo de ambos, após esses sorrisos nos abraçamos e ficamos conversando abraçados. Eu a retirei de meus braços e a envolvi com um beijo inesperado que nem eu mesmo estava programando de fazer tal ação naquele momento. Foi espontâneo, totalmente. Ela me empurrou e disse: - Menino, que foi isso em? E continuamos. Após pararmos de nos beijar, ela perguntou se a partir desse beijo poderia começar algo ou se mudaria algo. Eu ligeiramente respondi: - Já mudou tudo a partir do momento que lhe vi. Ela ficou estagnada e com os olhos arregalados me olhando, logo em seguida me deu um abraço forte e voltamos a conversar. Eram quase 20 horas e o parque já ia fechar. Fomos andando até a saída e chegando lá ela me abraça mais uma vez e me beija. Eu fico surpreso, mas continuo. Fiquei esperando o pai dela vir busca-la, sentamos na calçada em frente ao parque e ficamos admirando a luz do luar e de repente passa uma estrela cadente e do nada os dois ao mesmo tempo falam em um tom meio baixo: - Te quero para sempre. Um olha para o outro com um sorrisão estampado no rosto, ela escora a cabeça no meu ombro e continuamos admirando o luar. O pai dela chega e eu dou boa noite ao senhor e abraço-a e me despeço. Ela vai embora com aquele sorriso maravilhoso e eu? Eu vou andando pelas ruas como uma criança que tivesse acabado de dar seu primeiro beijo. Chego ao ponto de ônibus e logo vem o que eu vou pegar, sento do lado da janela e começo a refletir e cochilo. Fico sonhando com aquele sorriso dela que abrilhanta a maior escuridão existente, e vou cochilando feliz por ela, por mim e por nós.
Havia uma pedra no caminho. Mas não era uma pedra ao pé da letra da palavra, e sim, você. Você era a pedra no meu caminho. Me impossibilitando de seguir em frente sem me machucar, logo, me vi em uma estrada sem nexo, pois por onde eu tentava ir, a pedra estava lá. Certo dia tentei salta-la mas caí em cima da mesma e me machuquei mais ainda. No outro dia aprendi que deveria carregar aquela pedra para onde eu fosse, então levei você comigo eternamente.
Uma "quase" história de amor
Estava sentado na cama em um dia qualquer, era madrugada. E eu só fazia pensar no seu sorriso, no seu cabelo, em você. Poxa... Então pouco tempo você já me fascinou completamente somente pelo seu jeito estabanado de ser, de agir e falar. Ai ai (risos) lembro-me da primeira vez que nos falamos, naquela tarde de segunda-feira que todo mundo acha que não vai acontecer nada demais, mas me aconteceu tudo demais. Eu te vi, eu conheci você. Apesar de ter sido de uma maneira peculiar aos filmes da televisão, (risos) eu fiquei eternamente feliz daquele encontro inesperado. Quando passamos aquele restinho de tarde conversando e trocando sorrisos bobos, já vi que rolou algo fantástico que os dois naquele instante sabiam que era recíproco. Mas a única coisa que impediu foi a decisão que ela teve de tomar em ter que viajar para Genebra na Suíça e foi assim que não teve continuidade essa "quase" história de amor. "Por isso devemos aproveitar as oportunidades que nos são dadas, não sabemos quando teremos outra igual."
COISAS SIMPLES DO DIA A DIA.
Estava andando numa tarde qualquer, distraído(como sempre) olhando as paisagens que alí passavam por mim. Logo, passo por um sorriso tão brilhante quanto os raios solares do período mais quente do ano. Aquele sorriso me encantou fez guiar o meu olhar, aquele olhar, que fez aquela tarde comum, numa tarde inesquecível. No outro dia passei novamente, pelo mesmo lugar e mesmo horário e me passa mais uma vez aquela paisagem maravilhosa que fiz questão de aprecia-la e, mais uma vez ela sorriu, e eu mais uma vez me encantei. No outro dia, passei novamente pelo mesmo lugar e mesmo horário, mas uma coisa mudou. Ela não passou naquele mesmo lugar e naquele mesmo horário, neste dia. Fiquei triste, e continuei andando de cabeça baixa, quando levanto a cabeça mais na frente lá vem ela correndo, quando a vejo de longe logo abro um sorriso de um canto a outro da boca. Ela já vem sorrindo e me olhando atentamente até que nos aproximamos e resolvo tomar atitude de chamar para conversar. Ela para, e me concede a proza. Conversa vai, conversa vem. Logo anoitece, e temos que nos despedir vou lhe dar um abraço e beijar o seu rosto, rapidamente ela vira e me beija na boca. Eu afasto e fico surpreso, logo a envolvo nos meus braços e continuamos o beijo de onde paramos. E desse beijo surge uma bela história de amor que já duram 63 anos. -E estou aqui ditando esse texto pro meu neto relatar o quanto o amor nasce de coisas simples e que muitos acham insignificantes e não dão à mínima. Reparem naquele sorriso, naquele olhar, quando recíproco é mais do que válido e promissor o investimento no mesmo. Até uma próxima vez para que eu venha contar mais alguma história da minha vida. Só quero que vocês não se esqueçam de AMAR.
Sinal da dúvida
Carros, motos, pessoas. Vão passando em nossas vidas com uma velocidade que não dá para imaginar. Umas param no sinal vermelho da dúvida, se continua ou volta atrás, umas passam no sinal verde da certeza e acabam caindo em um buraco chamado falta, de reciprocidade, carinho, afeto, compreensão, atenção, falta. Depois de tanta falta geralmente pegamos a rotatória e partimos para um novo destino e para novas tentativas. Até que um dia ou uma noite encontramos alguém parado no mesmo sinal na mesma hora no mesmo lugar. Muitas vezes pensamentos nos colocam em buracos que não conseguimos sair por simplesmente não tentar, mas esperar um pouco até achar uma solução pode ser melhor do que tentar desenfreadamente perdendo forças a toa. Descanse, tente novamente após alguns minutos ou quando achar que deve tentar mas não pare de tentar. Pode ser que em um simples sinal você encontre a direção certa para aquilo que está procurando.
Setembro amarelo
Com o grande aumento das "fake news" pensamos que todo pedido de ajuda ou texto de desabafo é mentira ou é mídia para chamar atenção. Pode ser que sim, mas na maioria das vezes não. Aquela ausência excessiva ou aquela presença cheia de sinais pode ser um aviso, ou até mesmo o último. Não custa nada trocar ideia com o coleguinha, dar atenção, tentar animá-lo com uma boa conversa, ficar do lado, ficar presente ou apenas ouvir sem julgar, sem falar nem perguntar nada. Empatia é a palavra-chave. Se colocar no lugar do outro. Até porque poderia ser eu ou você em tal situação. Julguem menos e ajudem mais. Por favor!
Setembro Amarelo
Ei
Você que está lendo essas singelas linhas
Quero te lembrar que você é incrível
Quero te lembrar que você é importante
Quero te lembrar
Que apesar de você pensar o contrário
Quem tá do teu lado
Quem te conhece
Te reconhece
Te ama
Te quer bem
Sua vida importa
Você importa
E sempre vai importar
A vida é incrível e você também
Se você aguentou até aqui, é um sinal
De que coisas boas estão por vir
Só sucesso e fique vivo(a)
Sua vida importa.
Companheira
No caminho para mais uma rotina, lembro bem de quando nos falávamos todos os dias independente do horário ou do lugar. Saudade é uma companheira de viagem diária para aquele dia que risadas foram dadas ao vento por coisas simples. Como a brisa do vento no rosto ou até um sopro perto do rosto. Parece bobo, quer dizer, é bobo mas foi real. Sentir a leveza de alguém estava na mesma sintonia ou quase ou sei lá. Mas que estava ali para o que desse e viesse. Outro dia, apareceu uma nova companhia, lembranças é o nome dela. Apareceu as 23h de um sábado chuvoso enquanto acabava de começar "a música mais triste do ano de Luiz Lins", parece que combinaram o horário de chegar. Naquele momento já não havia mais sono nem cansaço que parassem a saudade e as lembranças de falarem comigo...