Cláudio José Morais

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Atravessou a ponte. O jardim de cores vívidas abriu-se no horizonte! Não compreendeu a beleza tão próxima e táctil! Não entendeu claramente o que acontecia! O que poderia fazer para que esta plenitude dos sentidos permanecesse dia a dia em sua vida tão humana e limitada!? Deu um passo a mais, pisou firme a terra macia de visões paradisíacas! O canteiro fértil - natureza -, o olfato descobrindo novas fragrâncias, o despertar dos sonhos na melodia de pássaros policrômicos! - Qual o teu nome, beleza que a bruma oculta nos bosques do esquecimento, nos prados de outrora...? – De onde vens, pra onde seguem as águas de tua fonte cristalina? Como surgiu o olor de tua flores ? – Como tocar a viola, tuas cordas, dentro da aurora dos dias?
A água desaba sete metros abaixo da planície , um lençol de brilhante luz deita-se sobre o pequeno lago azul , preenchendo-o , os peixinhos coloridos nadam na expectativa do alimento ... A flor na selva vista bem de pertinho meio ao verde soberano é divina , o cheiro das primeiras vezes, das primaveras, das folhas sob a chuva ... A névoa densa na Aurora é uma cortina alva, por trás ,os mistérios imanifestos!Entretanto, pelos desejos descobertos ... Vê o beija-flor rubro e de plumas brancas que ligeiramente bate as asas visando o néctar?...Que os amantes, qual pássaros humanizados , pisem [com a solidez das rochas montanhesas] o chão duro e louvável do livre viver! Em plenitude podereis vós dizer do amor que possuíram(e possuem sobre as palmas das mãos! ). Naltas notas do querer pessoal, respeitar, amorosamente, a simplicidade da essência alheia! - Como julgarás a mim, tu, oh! pequena gigante, se nas névoas distantes colocaste [ciente] teus delicados pés? Como enlaçar as mãos de seres tão longínquos, se ambos não abrem mãos da massa confortável e delicadamente insólita em que constituíram suas casas?
Descerrou as vistas, olhou para fora de si, era um outro mundo!!!