Claude Lévi-Strauss

O mundo começou sem o homem e acabará sem ele.

O cientista não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é quem faz as verdadeiras perguntas.

Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente.

Eu me vejo assim: um viajante, um arqueólogo do espaço, tentando em vão restaurar o exótico com o uso de partículas e fragmentos.

O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é o que formula as verdadeiras perguntas.

Sábio não é aquele que responde as perguntas, mas quem as coloca.

O antropólogo é o astrônomo das ciências sociais: ele está encarregado de descobrir um sentido para as configurações muito diferentes, por sua ordem de grandeza e seu afastamento, das que estão imediatamente próximas do observador.

O que impressiona o homem no espetáculo dos outros homens são os pontos em que se assemelham.

Historiadores, arqueólogos, filósofos, moralistas, literatos pediram primeiro aos povos recém-descobertos uma confirmação de suas próprias crenças sobre o passado da humanidade. Isso explica porque, durante os grandes descobrimentos do Renascimento, os relatos dos primeiros viajantes não tenham causado surpresa: acreditava-se menos em descobrir novos mundos que encontrar o passado do mundo antigo.

Os gêneros de vida dos povos selvagens demonstravam que a Bíblia, os autores gregos e latinos diziam a verdade ao descrever o jardim do Éden, a Idade de Ouro, a Fonte da Juventude, a Atlântida ou as Ilhas Afortunadas...

Admiração entre os homens, de Claude Lévi-Strauss

Nada se parece mais com o pensamento mítico que ideologia política.

O bárbaro é, em primeiro lugar, o homem que crê na barbárie.

Para serem felizes, os cidadãos dos países ricos precisariam incorporar algumas lições das sociedades primitivas.

A vida social consiste em destruir aquilo que lhe dá o seu aroma.

Só posso constatar que o mundo contemporâneo perdeu a fé em seus próprios valores. Mas todos sabemos que, no final das contas, nenhuma civilização pode se desenvolver se não possui valores aos quais se agarrar profundamente.

A função primária da comunicação escrita foi facilitar a servidão.