Clara Savelli
A gente pode construir a imagem que quiser. Vestir a máscara que quiser. Falar o que bem entender. Mas sempre tem alguém capaz de destruir todas as mentiras e nos transformar de volta em quem éramos no passado.
Nem sempre o que a gente mais ama é o que a gente acaba fazendo pelo resto de nossa existência, com carreira, ganha-pão e dia a dia. Às vezes a gente precisa destruir os planos. Às vezes a gente precisa fazer planos. Mas é uma linha tênue, saca? Entre não fazer o que a gente ama porque tem medo de dar errado e não fazer o que a gente ama porque o que a gente ama é só um hobby.
Quando a gente tá no fundo do poço, às vezes precisa se afundar o suficiente para achar a mola que nos joga para cima. Ou seja, precisa sentir a tristeza em seu extremo para conseguir deixá-la para trás.
Ele disse isso, eu juro. Só isso. “Gostei dos seus sapatos” e foi embora! Reparei nos seus sapatos enquanto ele ainda estava por perto. Eram mocassins. O tipo de gente que usa mocassins na escola não deveria gostar dos meus all stars!
Só que, para o final da noite, ele vai me puxar para um canto e nem vai precisar falar nada porque palavras são desnecessárias quando seus olhos dizem tudo.
Eu só queria poder estudar em uma escola normal. Onde as pessoas não ficam enchendo o saco das outras só pelo que elas vestem ou zoando o que elas gostam. Cada um é diferente de certa forma, e é bem melhor assim.
Eu nunca entendi exatamente o que as garotas viam nesse tipo de cara [bad boys]. Provavelmente eles só levam a um coração partido ou um grande arrependimento na manhã seguinte.