Cirlene Ferreira Doretto
"Uma história nunca é apenas uma história. O contexto no qual o escritor está inserido, contexto político, econômico, social, a sua vida real, sua intimidade e aspirações, mesmo que ele não queira se fazem presentes em sua obra."
Meu nome é Cirlene Doretto ou Novinsky Guinsburg. Dou-lhes a liberdade de optar se dirigir a mim pelo meu Nome ou pelo meu Pseudônimo.
Quem sou eu? Sou mais do que podem ver, mas não sei se poderei ser mais do que vocês podem imaginar.
Como escreveu Clarice Lispector: "Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa, ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar."
(...)isso mostra que há 364 dias em que você poderia ganhar presentes de desaniversário..."
"Sem dúvida", disse Alice.
"E só um para ganhar presente de aniversário, vê? É a glória para você!"
"Não sei o que quer dizer com glória", disse Alice
Humpty Dumpty sorriu, desdenhoso. " Claro que não sabe...até que eu lhe diga. Quero dizer é um belo e demolidor argumento para você!"
"Mas glória não significa um belo e demolidor argumento", Alice objetou.
"Quando eu uso uma palavra", disse Humpty Dumpty num tom bastante desdenhoso, " ela significa exatamente o que quero que signifique: nem mais nem menos".
"A questão é", disse Alice, " se pode fazer as palavras significarem tantas coisas diferentes".
"A questão", disse Humpty Dumpty, " é saber quem vai mandar — só isto".
( Lewis Carroll. Livro Através do espelho — 2º volume de Alice no país das maravilhas)
"É verdade, " toda palavra quer dizer o que eu quero que signifique", mas ao mesmo tempo "toda palavra quer dizer o que quer dizer" ( há um sentido na língua). Falar é precisamente procurar que coincidam essas duas intenções significantes, esses dois " quer dizer".
( Catherine Kebrat - Orecchiomni, A enunciação)
"...Existe uma teoria entre tantas, na qual eu pessoalmente acredito, do sociólogo judeu, nascido na Hungria, Karl Manhein e que até hoje me inspira reflexões sobre a relação do individuo e a sociedade. Nessa parte minúscula, de um recorte da profunda teoria do Conhecimento, Karl Manhein defende que: "...o ato de conhecimento não resulta apenas da consciência puramente teórica mas também de inúmeros elementos de natureza não teórica, provenientes da vida social e das influências e vontades a que o indivíduo está sujeito." De onde para mim pode se originar a explicação para o comportamento, atitudes de cada pessoa e movimentos sociais..."