Cicero Bizzuka
Confesso o que
as paredes já sabem
há muito
Boas músicas cantam
Criança diz na
inocência do olhar
O que os animais
dizem sem falar
Confesso!
Um coletivo
de beijos
de mil maravilhas
nesta pessoa
quando dentro
Onde
Começo?
Desejo-a,
todos os dias,
que por mil ave Marias
tudo é mais
um pouco... Peço..
Agoniado
Ativo
Desejos
é têmpera
e escorre
Aos baixos
Veias vibram
É talo, e rígido
Acima sinto
o babado
O estado crítico
térmico, é
aço explodindo!
Há se os deuses soubessem
As notas
Os fraseados
submersos nos
teus olhos
Músico que sou
Um sedento tango
No ritmo serei
Abra teus lábios
Um blues rio abaixo
Na altura tua
Do teu fá sustenido
Sou um adepto
De quentes melodias
Composta por almas intensas
Com aquele refrão de poesia faminta
Pra cima
Na dança com infinito
É atenção que me instiga
As veias gritam nos calcanhares
No gesto, fazem-se muda e não reclamam
Até brincam com suas dores
As gargalhadas, trajadas de alma, voam
Não falta humor de causar inveja às ditas disfarçadas
O desespero não é seu perfil
Um jardim que floresce no silêncio
Vaidosa, típica guerreira de sangue nos olhos
Alma forasteira sob saltos