O mais irritante no amor é que se trata do tipo de crime que exige um cúmplice.
A gramática, a mesma árida gramática, transforma-se em algo parecido a uma feitiçaria evocatória; as palavras ressuscitam revestidas de carne e osso, o substantivo, em sua majestade substancial, o adjectivo, roupa transparente que o veste e dá cor como um verniz, e o verbo, anjo do movimento que dá impulso á frase.
Existem em todo o homem, a todo o momento, duas postulações simultâneas, uma a Deus, outra a Satanás. A invocação a Deus, ou espiritualidade, é um desejo de elevar-se; aquela a Satanás, ou animalidade, é uma alegria de precipitar-se no abismo.
As nações não têm grandes homens senão contra a vontade delas - assim como as famílias.
Apenas é igual a outro quem prova sê-lo e apenas é digno da liberdade quem a sabe conquistar.
Quem não sabe povoar sua solidão, também não saberá ficar sozinho em meio a uma multidão.
A imaginação é a rainha do real e o possível é uma das províncias do real.
Deus é o único ser que, para reinar, nem precisa existir.
Só nos esquecemos do tempo quando o utilizamos.
Todos os grandes poetas se tornam naturalmente, fatalmente, críticos.
Quanto mais se quer, melhor se quer.
Não podendo suportar o amor, a Igreja quis ao menos desinfectá-lo, e então fez o casamento.
Ali, tudo é ordem e perfeição. Luxo, calma, e sensação.
A felicidade é composta de pequenos prazeres.
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O trabalho não é o sal que conserva as almas mumificadas?
Manejar sabiamente uma língua é praticar uma espécie de feitiçaria evocatória.
O homem que só bebe água tem algum segredo que pretende ocultar dos seus semelhantes.
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O poeta é como o príncipe das nuvens. As suas asas de gigante não o deixam caminhar.
Todo o homem saudável consegue ficar dois dias sem comer - sem a poesia, jamais.
Como foi a imaginação que criou o mundo, ela governa-o.
Para o comerciante até a honestidade é uma especulação financeira.
Amar as mulheres inteligentes é um prazer de pederasta.
A imaginação é positivamente aparentada com o infinito.
Há que trabalhar, ainda que não seja por gosto, ao menos por desespero, uma vez que, bem vistas as coisas, trabalhar é menos aborrecido do que divertirmo-nos.
Que há de mais absurdo que o progresso, já que o homem, como está provado pelos fatos de todos os dias, é sempre igual e semelhante ao homem, isto é, sempre em estado selvagem.