Celso Freitas
E neste canto da poesia
Nesse refugio tao distante
Terra que nao e de ninguem
Onde o tempo vive frizado
Que eu dou um gelo no mundo
E mato o tempo matutando
Sonho abstrato e riqueza insana
Fragmentos de ideias
Bagunca organizada
De cores incolores
Que nao altera o produto
Da ordem dos fatores
Sonho abstrato
E o pleno ignorar
Do eixo em movimento
Na geometria circular
Com seus simbolos pintados
Que nao conhece o odio
E nao sabe o que e amar
Aquela ave que avisto ao longe
Singrando a omensidao azulada
Engolfada na brancura sustentavel
Da beleza seduzida pela leveza
Na sutileza de movimentos aerobicos
Transpassa a linha imaginaria
Do horizonte translucido escondido
Na face solitaria do tempo e do espaco
Ave peregrina embebida em sonhos
Vinda dos tropicos temperados
Inala tranquilamente a brisa quente
Exalando os odores do oceano
Ave branca, linda e solitaria
Nem sequer imagina que mas orlas sinuosas
De um ponto distante
Existe alguem sonhando
Em trocar os pes molhados da areia
Com aquelas asas tao leves e soltas