Cauê L. P. Marcelino
Pano Velho
Pra você eu sou como um pano velho
Que quando novo você depositou sujeiras
Sujeiras que marcharam minha alma e noites de sono
Agora já sujo e manchado
Sou jogado fora, como um pano velho
Pois pra você sou como um pano velho
Que depois de sujo é descartado
Ou jogado no chão pra receber migalhas
Desliga
Vamos fazer assim?
Eu ligo pra você e você desliga pra mim
Sem correrias ou ilusões enfim
Não era você a moça das depressões?
Então por que me deixou doente também?
Não é botar a culpa se é a verdade
Não é botar culpa se sou apenas um descarte
Então por favor, vamos fazer assim
Eu ligo pra você e você desliga pra mim
Pra mostrar como não se importa e como não está afim
Sim, afim de mim
Pra que enrolar se pode dizer pra mim
Mas pra resolver
Vamos fazer assim
Eu ligo pra você e você desliga pra mim
Paraíso
Hoje eu entendo
Entendo que se há um paraíso
O corpo dela é uma passagem
Sua boca a viagem
E sua voz a decolagem
A princesa me matou
Porém me fez vivo novamente
Do purgatório já me retirei
E hoje vivo feliz
Feliz ao lado dela
Minha princesa
Minha vida
Na qual não quero que morra.