Cauã Loeszhner Connick Cavalcante
Pessoas.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
00:42
São tantos nessa grande imensidão, em toda a existência
Com quantos problemas nós vamos ter que lidar?
Apenas para no final enfrentar a morte
São infinitos.
Não tem pra onde fugir
A cada passo fica mais difícil se mover
Não tem uma escapatória
Ou será que tem?
Algum falso destino, alguma falsa ilusão
Talvez a vida seja o nosso calmante
Viver é acreditar
Acreditar em um futuro
Acreditar em vida.
Talvez acreditar que viver seja o nosso calmante,
seja o nosso calmante
Como descrever a vida
Um raro processo químico autossustentável
Ou uma visão de um futuro claramente inalcançável?
Como descrever a visão de Aristóteles
Como descrever a visão de Einstein
Como descrever a sua visão
E a minha.
Como?
Como as pessoas são capazes disso
A curiosidade é a razão da morte
A morte é a razão da vida
A vida é feita de pessoas
Pessoas são feitas de ilusões
Ilusões transformam-se em curiosidade.
A chave pra isso tudo
São pessoas
E como elas pensam, e agem
Tudo isso é constituído de pessoas
E de mentes em constante mudança
E de grande diferença.
Todos somos iguais
Todos somos diferentes
As duas afirmações estão corretas
Nada compõe nada
E o universo não é feito de pessoas.
Uma corrente espacial
Denominada vida
Denominada Terra
Denominada Ser humano
Denominada você.
Todos somos passageiros
Desse trem chamado vida
Apenas estamos em estações diferentes
Compondo pensamentos diferentes.
Nesta grande imensidão
Nesta grande floresta vermelha e escura
Quem é você?
Você é tudo
Você é nada
Você é o mundo
Você é uma pessoa
Você é único
Você é você.
Distração.
domingo, 3 de maio de 2020
19:18
E se tudo for uma distração, como você se sentiria? Se todas as coisas que você faz fossem uma distração de sua morte, querer morrer não é um problema, é uma escolha, e a vida serve para nos distrair disso. Nada do que nós fazemos possui sentido, mas seguimos pois se paramos para enxergar tudo, iremos perceber que tudo é uma falha que nós mesmos implantamos em nossa cabeça, pensar que no final tudo dará bem, quando literalmente no final não iremos significar mais nada. As coisas que fazemos no dia a dia nos distrai de vários pensamentos e paranoias, momentos que evitamos lembrar ou sentir, é algo que temos que aprender a evitar e perceber que, quando lembramos disso, pensamos claramente, estamos dentro de nossas próprias cabeças, não perdidos fora, quando nos lembramos que nada significa nada, aceitamos que não significamos nada, e quando se aceita isso, você perde o prazer em todas as suas distrações, nada mais faz sentido, você não vai estar mais inteligente, mais esperto, ou mais corajoso, mas sim vai estar dentro de si mesmo, e vai enxergar o real sentido de tudo. Se tudo o que lhe convém é bom, então nada do que você faz possui um real sentido pra você. E as nossas distrações nos impedem de enxergar isso, enxergar que a vida em si é irrelevante e que nós estamos apenas presos em nós mesmos, alguns tentam preencher esse vazio com experiências únicas, mas poucos podem se quer pensar nisso, e, no final nada preenche mais esse vazio na sua mente como finalmente aceitar tudo como é. Nada muda se você morrer, e nem se você viver, sentimentos não representam ilusões, mas sim representam nós como nós somos e fomos criados para ser. Ser ciente disso ou não, aí depende de você, aceitar que nada realmente está lá pra você e que tudo foi criado sem você, é uma realidade diferente dos pensamentos que costumamos ter, e diferente do que nos costumam ensinar. Pois todos aprendemos que no final tudo tem sentido, mas se nem nós temos sentido, como poderemos explicar o final de tudo? É simplesmente impossível de entender e extremamente incrível o modo que nossa mente funciona, o problema é que, nada é totalmente perfeito, porém literalmente um pequeno erro pode estragar a nossa mente a ponto de parar de funcionar, ou pelo menos não querer mais funcionar;