Carvalho Julio
A vida não presta, a dor de viver é insuportável! Nesta imensidão de universo onde somos apenas um aglomerado de átomos.
Elétrons e nêutrons envolta do seu núcleo, perfeição no imperfeito, onde será que errou o grande arquiteto.
Neurônios elétricos com mal funcionamento, células mutantes que adoece o organismo e faz se esvair aos poucos a vida.
Onde o engenheiro errou o seu calculo ou se perdeu em tantos números matemáticos?
No frio da noite sinto ressoar o som das sombras e na neblina da escuridão venho me deitar
Uma voz trêmula ouço chamar: -vem! beija me, abrace - me estou com frio essas sombras me dão arrepio
Ao me aproximar senti as trevas que a envolvia
e seu olhar negro me consumia
senti um desejo de deleitar nesta trevas vazias
O cheiro de morte era tão forte
Que ludibriava minha mente
Ouvi uma voz estridente
Vem me abrace e se lamente
A dor que ecoa do peito num lamento de dor aceitou, mas com a condição de ganhar o seu beijo
Beijos vazios cheios de dor e frieza envolto nas trevas que me rodeia
Morte venha abraçar -me com um último suspiro seguido de um som de lamento
O mundo das trevas me espera
A dama me chama com seu vestido vermelho
Seu batom negro sujou a minha roupa
Comecei a suar sangue de agonia porém eu amava essa senhorita que as vezes eu amo e as vezes me irrita
Seu beijo doce e amargo ao mesmo tempo neles eu me deleito sem paz, sem jeito de fuga, neles aprisiono minha alma .